A mãe de um rapaz de 26 anos suspeito de ter invadido no Hotel Intercontinental, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, disse que tentou convencer o filho a se entregar à polícia, mas não conseguiu.

"Ele não quis me atender. Pedi para ele se entregar, ele não quer", afirmou ela, chorando.

A mulher, que se identificou como Dinalva, contou que o filho mora na Rocinha. Ela estava na igreja quando ficou sabendo do envolvimento dele no tiroteio e na invasão do hotel.

Segundo a polícia, um grupo de criminosos trocou tiros com a polícia e invadiu o estabelecimento, na manhã deste sábado (21). Uma mulher morreu. Cerca de 30 pessoas foram rendidas dentro do hotel. O tenente-coronel Lima Castro, relações-públicas da Polícia Militar, disse que dez suspeitos foram presos após negociação com o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

O professor Felipe Gomes Pereira foi rendido pelos criminosos, antes da invasão do hotel. Ele estava de carro e foi parado pelo grupo. "Fui parado no meio do caminho. Entraram seis caras fortemente armados no meu carro e me mandaram andar", falou.

A vítima disse que foi obrigada a entrar no hotel. "A cancela estava abaixada, mandaram derrubar", lembrou. "Eles pegaram quem estava em frente ao hotel e entraram de reféns. Aí consegui sair devagarinho, por sorte."

Pereira afirmou que os criminosos não estavam escondendo o rosto e disseram que vans de transporte público também foram invadidas.