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Notícias / Ciência & Saúde

Mas afinal, quem procura um médico patologista?

Da assessoria

Quando uma pessoa percebe uma anormalidade em seu corpo, seja uma pinta nova ou escura demais, quando descobre um nódulo em lugares como mamas ou axilas ou até mesmo quando a mulher que vai realizar o rotineiro Papanicolau, é o patologista quem irá cautelosamente estudar o material extraído. O médico que solicitou o exame indicará ao paciente o laboratório de um patologista para a realização do exame e, após receber os resultados, o tratamento adequado de acordo com o diagnóstico e o estágio da doença apresentado pelo laudo do patologista.

Diferente de outras especialidades médicas como a ginecologia, a oncologia
e a neurologia, a anatomia patológica, ou apenas patologia, é a atividade de bastidores em que o paciente será auxiliado a entender o que pode significar a anormalidade encontrada, sem que tenha contato direto com esse profissional. De modo que, ao receber o laudo e entregar ao médico especialista, o paciente receberá encaminhamento para a solução de sua doença tendo como ponto de partida o problema encontrado.

Perguntas e respostas sobre o médico Patologista

1. Quem é?

É o médico que após a conclusão da graduação permanece por três anos no programa de residência médica de especialização em anatomia patológica.

2. O que faz?

É o especialista responsável pela realização de análises das amostras de células ou tecidos humanos, observadas por meio de microscópios, em que é possível identificar anormalidades nos materiais retirados dos pacientes. Assim, são emitidos laudos médicos, ou seja, diagnosticada qual doença a anormalidade encontrada pode representar.

Entre os exames mais conhecidos estão as biópsias, em que se extrai uma parte relacionada a suspeita de doença, podendo significar um tumor, inflamações ou mesmo o câncer propriamente dito. Outros exames envolvem extração de secreção por aspiração, esfregaços e cirurgias.

Para estudar as partes extraídas é necessário um vasto conhecimento da anatomia humana e muita concentração. Essa é uma atividade em que não há grandes possibilidades de um diagnóstico realizado de forma automatizada, como os exames de sangue por exemplo.

3. Onde está?

Na maior parte do tempo os patologistas estão nos laboratórios analisando lâminas em seus microscópios. Ali estudam desde materiais extraídos de pessoas vivas, até estudos de peças extraídas após a morte, procedimento conhecido como necropsia. Além do trabalho nos laboratórios e nos serviços de verificação de óbitos, os patologistas também podem integrar equipes durante cirurgias. Nelas é realizada uma biópsia e o diagnóstico durante a operação cirúrgica para indicar qual a intervenção apropriada a ser feita pelo cirurgião durante o ato.

O Patologista hoje

* Transplantes – Esses profissionais também são parte indispensável nos transplantes de órgãos. Imediatamente antes do transplante o patologista avalia se o órgão a ser transplantado é adequado; após o transplante, sempre que houver suspeita de rejeição, o exame histopatológico decidirá se há necessidade de alterar a terapia de imunossupressão e avaliará o futuro do órgão transplantado.

* Pesquisas – Da mesma forma atuam averiguando a causa mortis em estudos e pesquisas com o objetivo de buscar respostas e até mesmo a cura para doenças como o mal de Alzheimer. Por meio do estudo de um cérebro proveniente de um banco desse órgão (bancos em que são devidamente armazenados os cérebros doados pela família de um portador da doença falecido) são realizadas uma série de verificações a fim de determinar qual é a anormalidade encontrada e, assim compreender a área afetada pela doença e encontrar sua cura ou tratamento. Texto escrito por Marcos Vinhal Campos.
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