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Dilma diz que eventual ajuste fiscal não seria "virtude"

Terra

A candidata à presidência Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira (24), em Brasília, que a adoção de ajustes fiscais em seu eventual governo não pode ser encarado como "virtude" e disse que diante do cenário internacional não existem condições de se reduzir a atual meta de inflação que está na casa 4,5% ao ano.

A presidenciável voltou a negar que precise realizar ajustes fiscais com cortes indiscrimandos no custeio da máquina e com redução de investimentos públicos. Após gravar depoimentos para aliados na capital federal, Dilma se comprometeu ainda a trabalhar por juros convergindo para metas internacionais, mas sempre garantindo estabilidade e controle de gastos desnecessário.

"Um governo que não governa a despesa de custeio e gastos não é um governo correto com o seu povo. Não vou jogar pedra em ninguém porque fez ajuste fiscal. Isso não significa que vou transformar uma necessidade em virtude", declarou a candidata, voltando a se comprometer com uma inflação sob controle e com a aplicação correta do dinheiro público. "Não vou deixar o Brasil sem planejamento", resumiu.

Ao voltar a defender uma reforma tributária para o País, Dilma afirmou que o novo governo que sucederá a gestão Lula "tem de tentar" conduzir uma reforma estrutural do regime de tributos. Ela defendeu ainda a desoneração de investimentos e da folha de pagamento, a simplificação tributária e o fim da guerra fiscal. "O governo tem de tentar uma reforma estrutural tributaria. Precisa apostar em uma distribuição melhor de impostos. Não pode permitir que se tributem investimentos".

Combate ao crack
Após gravar apoio a aliados políticos, a ex-ministra da Casa Civil reiterou posições de combate ao uso de crack e disse que esse tema "é uma das questões desafiadoras de seu eventual governo".

Ela afirmou que, se eleita, pretende montar uma estratégia comum com apoio de entidades não lucrativas para atuar na prevenção e na rede de atendimento aos dependentes da drogas. Ela salientou ainda que haverá um forte policiamento de fronteiras, para evitar a entrada do entorpecente no Brasil e reiterou a disposição de adquirir dez veículos aéreos não tripulados, aviões de reconhecimento sem piloto que ficariam responsáveis por fazer varreduras detalhadas de regiões que apresentem eventuais problemas de segurança.
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