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Política deverá ser deixada de lado por aprovação de pacote, diz Obama

Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira, após visita ao Congresso norte-americano, que os legisladores do país devem deixar a política "de lado" e trabalhar juntos pela aprovação rápida do novo pacote de estímulo econômico, de US$ 825 bilhões.

"Eu não tenho a expectativa de ter um acordo de 100% com meus colegas republicanos, mas espero que todos nós deixemos a política de lado e nos preocupemos com o povo americano imediatamente", afirmou Obama. 

"As estatísticas mostram, diariamente, a gravidade e a urgência da situação econômica. O povo americano espera uma ação", disse, após reunião com senadores democratas e republicanos nesta tarde.

Segundo a agência de notícias Associated Press, o diretor da comissão de orçamento do Congresso, Douglas Elmendorf, afirmou que o plano deve gerar um estímulo de 1,3% a 3,6% no crescimento do nível de produção nos Estados Unidos em 2009.

Obama fez sua primeira visita ao Capitólio desde sua posse para ouvir o que os republicanos tinham a dizer sobre o pacote proposto por ele --a principal reclamação é sobre um "corte insuficiente" de taxas e impostos e gastos excessivos.

O senador republicano John McCain, ex-rival de Obama na disputa presidencial, afirmou neste domingo que não deve apoiar o plano de Obama já que ele não cria empregos suficientes para compensar as perdas dos últimos anos.

Sobre isso, Obama disse: 'Há diferenças legítimas entre o que proponho no meu plano e o que republicanos defendem, e eu tenho que respeitá-los."

Segundo a proposta apresentada pelos democratas, o plano será composto por US$ 275 bilhões relativos a reduções de impostos e US$ 550 bilhões em investimentos prioritários programados. Obama já teve uma primeira recepção favorável à medida no último dia 21, quando o Comitê de Apropriações da Câmara (que controla projetos de leis e de gastos públicos) aprovou um pacote de US$ 358 bilhões, por 35 votos a 22.

O valor do pacote pode inclusive ultrapassar os US$ 825 bilhões propostos inicialmente, disse na semana passada o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
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