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Notícias / Ciência & Saúde

Dia Nacional de Combate ao Fumo

Da assessoria - Mg

Nesta terça-feira, dia 31 de agosto, das 9h às 13h, haverá uma equipe de médicos fazendo avaliação e dando orientação para público sobre os males do cigarro, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista. Haverá também um desfile da campanha "Sem Tabaco, 100% Fashion".

A dra. Jaqueline Issa, cardiologista do Incor e autora do livro Deixar de fumar ficou mais fácil (MG Editores), fará parte de um equipe que promoverá um programa de avaliação e orientação para o público sobre os males do cigarro. O evento, comemorativo ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/8), acontece no Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073), no dia 31 de agosto (terça-feira), das 9h às 13h. A iniciativa, apoiada pelo Incor e por outras entidades de saúde, também oferecerá um serviço exclusivo para mulheres grávidas fumantes, com medição de monóxido de carbono. Haverá ainda a campanha "Sem Tabaco, 100% Fashion", com desfile de celebridades do mundo da moda apoiadoras da ação antitabaco, em parceria com o Cettro (Centro de Câncer de Brasília).

O tabaco é responsável por 25% dos infartos e dos acidentes vasculares cerebrais. Sua ocorrência é predominante em jovens e mulheres acometidos por infarto prematuro. Ele é responsável também por 80% dos casos de câncer de pulmão e por 30% de todos os cânceres - pulmão, boca, laringe, pâncreas, esôfago, colo do útero, bexiga, rim e leucemia. No Brasil, estima-se que 33% da população acima de 18 anos seja fumante. Deste montante, 50% irá morrer por doenças relacionadas ao cigarro - 100 mil ainda neste ano.

O serviço exclusivo para mulheres grávidas que o Incor colocará à disposição da população na Campanha do dia 31 de agosto é uma inovação. Ele consiste na medição de monóxido de carbono (CO) no ar exalado pelas gestantes e, a partir desse dado, a orientação para parar com o vício. O teste será realizado com um monoxímetro de última geração especial para grávidas. Ele é capaz de correlacionar valores de concentração de CO no organismo da mãe com os do feto. "Isso permite à gestante perceber de forma muito contundente o impacto do cigarro no seu bebê", diz a Dra. Jaqueline.

O impacto do tabagismo na gestação é bastante delicado, porque envolve a mãe e o bebê. Independentemente da condição de gestante, a mulher tabagista está exposta a doenças próprias da sua condição feminina. A menopausa, importante indicador do processo de envelhecimento, é mais precoce nas fumantes devido ao aumento do metabolismo e à diminuição na síntese do estrogênio decorrente do tabagismo. O fator hormonal é responsável também pelo maior incidência de osteoporose em fumantes. Da mesma forma, 90% das mulheres que infartam antes dos 50 anos estão inseridas no grupo das fumantes. Gestantes tabagistas, por sua vez, têm maior incidência de parto prematuro, descolamento prematuro de placenta, insuficiência placentária, restrição de crescimento fetal e doenças respiratórias na mãe e no recém-nascido.

Sem Tabaco, 100% Fashion

As divas e galãs do cinema que associaram seu charme ao cigarro estão definitivamente fora de moda. Agora não fumar é que é ser fashion. Essa é a mensagem central da Campanha "Sem Tabaco, 100% Fashion". O evento consiste numa intervenção urbana com ápice num desfile de celebridades do mundo da moda que apóiam a causa antitabagista. Elas vestem camiseta exclusiva desenhada sempre por um estilista de destaque, que, neste ano, é o estilista francês Ilan Delouis, da grife Faith Connexion.

Deixar de fumar ficou mais fácil

Lançado, em 2007, em edição atualizada, o livro Deixar de fumar ficou mais fácil (104 p., R$ 28,90, MG Editores) traz informações sobre um medicamento mais eficaz para tratamento do tabagismo: o Champix, da Pfizer, que tem na composição a vareniclina. Segundo o fabricante, essa formulação revolucionária aumenta em quatro vezes as chances de sucesso no tratamento. Com a substância, associada ao acompanhamento médico, os fumantes poderão superar as duas principais dificuldades para largar o cigarro: a falta de força de vontade e a síndrome de abstinência.

A cardiologista utiliza no livro uma linguagem prática e objetiva, direcionando a mensagem ao leitor de forma a incentivá-lo, mostrando compreensão ao aplicar uma nova forma de abordagem pelos médicos. Portanto, cobrança e dedo em riste só atrapalham aqueles que querem deixar de fumar. Ela aconselha os fumantes a não se deixar pressionar com argumentos convencionais, que os fazem se sentir culpados e anti-sociais. E também não é necessário sofrer sozinho. "Existe ajuda especializada e o dependente deve procurá-la", afirma.
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