O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, negou que se sinta em uma saia-justa pelo fato de a candidata à presidência pelo seu partido, Dilma Rousseff, ter palanque duplo em São Paulo, assim com o presidente Lula. Além de Mercadante, ela apoia Paulo Skaf (PSB), cuja legenda está em sua coligação nacional. Mercadante foi entrevistado pela EPTV, em Ribeirão Preto, na manhã desta terça-feira.

"Não estou em uma saia-justa. Estou junto ao presidente Lula nos últimos 30 anos, participei de várias campanhas dele. Amadureci muito nesse tempo todo e Lula estará em São Paulo em todos os fins de semana até o primeiro turno", disse.

Mercadante afirmou ainda que o fato de sua candidatura não ter recebido a transferência da popularidade atribuída a Lula e Dilma se deve ao pouco debate da eleição para o governo do Estado.

"A Dilma foi apresentada e debatida na imprensa ao longo de um ano. E isso foi consolidando a sua imagem. Em São Paulo não aconteceu o mesmo. A eleição estadual não teve o mesmo espaço. Com a entrada do horário eleitoral gratuito é que as pessoas começaram a dar atenção para a eleição estadual".

Mercadante também se referiu ao dossiê dos aloprados - na campanha de 2006 - como algo da vida pública. "O que precisa ter é atitude. Nunca me envolvi em desvio ético. No nosso governo, as coisas não são varridas para debaixo do tapete como em São Paulo, que tem cem CPIs engavetadas", disse.