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BA: em sabatina, Souto cobra "verdade" do governo Wagner

Terra

O candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto, em sabatina realizada na manhã desta quarta-feira (1), pelo jornal A Tarde, em Salvador, disse que para o atual governo petista de Jaques Wagner "a verdade não é a principal preocupação". Ele voltou a insistir, como em momentos anteriores, que se restabeleça a verdade. "Ficamos intoxicados por quatro anos por uma propaganda, não quero ser deselegante, no mínimo, enganosa", salientou o democrata.

Souto disse ainda que não seria possível atribuir ao seu governo - realizado entre 2003 e 2006 ¿ a responsabilidade pelo aumento de 76% no número de homicídios na capital baiana e de 50% em todo o estado. "Houve um aumento chocante neste governo e precisamos voltar ao índice de quatro anos atrás", salientou o democrata, que defendeu a criação de uma agência especial de inteligência para conter os homicídios.

Dos cinco hospitais inaugurados durante a gestão petista, o candidato disse que dois deles - nas cidades de Irecê e Juazeiro - foram iniciados em sua gestão e que o inaugurado em Santo Antônio de Jesus foi fruto de investimentos do governo federal. Souto acusou o atual governo de ter estagnado o programa de saúde da família no estado. Ele apontou dados do Ministério da Saúde para dizer que, em sua gestão, ampliou a abrangência do serviço de 26% para 51% do Estado. "Eles ampliaram em cinco por cento este percentual".

Lula
O ex-governador disse ainda que não teria problemas de relacionamento com um governo petista na presidência. Ele salientou que tem depoimentos elogiosos do presidente Lula e ele quando era governador. Disse que não os utilizará na campanha, pois "todo mundo quer se esconder atrás dele". O democrata disse que os eleitores devem conhecer quem são os candidatos. Souto criticou ainda o governador Jaques Wagner, que, segundo ele, "prefere ficar com o partido dele", mesmo quando se contrariam interesses do Estado. Ele citou a instalação do pólo têxtil em Pernambuco - avaliou que não haveria justificatiza técnica para o investimento no estado vizinho pelo governo federal. "O governo não pediu nenhuma compensação", reclamou.

Panelinha
Souto ainda criticou o que entendeu ser "aparelhamento do Estado" pelo governo petista. O democrata disse que, em seu governo, apenas dois secretários eram também políticos. Ele disse que os políticos só devem assumir cargos no governo com o mínimo de qualificação técnica.

"O atual governo está dividido entre os partidos", disse o democrata, devolvendo ao petista a acusação de criar "panelinhas" na administração pública - nas eleições de 2006, a menção à panelinha no governo do democrata deu espaço para "hits" musicais na campanha de Wagner. "Dez ou onze secretários saíram porque eram candidatos", apontou.
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