Uma ferramenta eficiente para que o Governo gaste tão bem quanto arrecada - este seria o papel da Secretaria Nacional de Gestão da Despesa Pública, uma das propostas do Movimento Brasil Eficiente, que pretende um direcionamento de ajuste administrativo para melhorar a equação fiscal no País.

O novo órgão funcionaria nos moldes da atual Secretaria da Receita Federal, com a mesma eficiência, porém, buscando um melhor aproveitamento das equipes e dos gastos públicos. “Somos muito vigiados em termos do pagamento das nossas obrigações e acredito que a sociedade também tem o direito de ter a contrapartida do Estado na gestão das despesas públicas”, afirma Carlos Rodolfo Schneider, um dos coordenadores do Movimento.

Para Schneider, o controle da despesa pública é fundamental para reduzir a carga tributária em, pelo menos, 10%. “Temos que tomar cuidado para não inchar o gasto público. Se a despesa tiver a mesma eficiência da receita, o retorno será altamente compensador”, complementa.

Ainda de acordo com o coordenador, a criação da Secretaria seria um grande beneficio público, uma vez que o brasileiro acaba pagando as contas duas vezes. “Pagamos imposto para ter serviço público de Saúde, Educação e Segurança. O problema é que muitos brasileiros pagam plano de saúde, escola particular e segurança privada. Justamente por pagarmos a mesma conta duas vezes é que podemos afirmar que o brasileiro precisa trabalhar mais da metade do ano só para pagar impostos e serviços que deveriam ser supridos pelo Estado ”, exemplifica Schneider.