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Na Bahia, Geddel revida: "Wagner é político de duas caras"

Terra

O candidato ao governo estadual Geddel Vieira Lima (PMDB) respondeu, nesta sexta-feira (3) em entrevista à TV Aratu/SBT, às acusações do governador Jaques Wagner (PT) de que havia sido desleal com ele e com Lula, afirmando que o petista é "político de duas caras".

"Quando ele quer o apoio, quando você está do lado dele, é merecedor de todos os elogios. Ele é então republicano, tem aquele jeito simpático de se colocar e só lhe elogia. Quando você diverge, parte para o ataque pessoal, absolutamente gratuito", explicou o peemedebista. Como exemplo das "duas caras do governador", Geddel citou a postura que Wagner tem atualmente em relação ao senador César Borges (PR), candidato à reeleição, e de quem Wagner buscou apoio até pouco tempo.

"Querendo o seu apoio, construiu o discurso de que a Bahia vive outro momento e que César realiza um grande trabalho no Senado. Quando ele legitimamente escolhe outro caminho, surge a outra face do republicano: críticas, desqualificação do adversário", exemplificou Geddel, que tem Borges em sua majoritária.

Geddel Vieira Lima disse ainda que Jaques Wagner não tem moral nem autoridade política para dizer que ele põe os planos pessoais acima de tudo. Ele ainda classificou Wagner como "um administrador frágil", pois, segundo Geddel, o petista deixou a Bahia perder espaço para estados como Pernambuco e Ceará.

Bengala
O candidato ao governo, apesar de ter sido ministro da Integração Nacional - ele expõe em seu programa de TV e rádio os elogios do presidente a sua ação à frente da pasta - afirmou que não fará uso da "bengala da amizade".

"Todo discurso é isso. Sou amigo do presidente, sou amigo do presidente. No entanto a Bahia tem perdido investimentos, oportunidades de avançar, tem ficado para trás em áreas como segurança pública, saúde e educação", atacou.

Críticas
Geddel disse que não retornaria ao debate pessoal, mas que faria críticas baseado em dados reais. "Não é crítica pela crítica. São fatos. A Novartis, um investimento de R$ 500 milhões, para a fabricação de vacinais, não veio para a Bahia; a planta verde da Brasken foi perdida para o Rio Grande do Sul; a Toyota não veio. Já os anúncios de obras feitos pelo governador, como o oceanógrafo, não resultaram em nada", disparou.
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