A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira que o arquivamento do pedido de cassação de sua candidatura, requerido pelo PSDB, mostra que o adversário tucano, José Serra (PSDB), não pode continuar a criar factoides.

"O arquivamento do pedido de cassação deixou claro que a Justiça não vai se deixar usar para criar fatos políticos na campanha", disse Dilma a jornalistas em Porto Alegre.

Dilma, que lidera as pesquisas de intenção de voto e tem chances de ganhar no primeiro turno, afirmou que não vai comentar a estratégia de campanha de seu adversário.

"Não vou mais responder factoides que o candidato adversário, no seu desespero, lança todo dia", disse Dilma, voltando a acusar Serra de pretende vencer a eleição "no tapetão".

Serra tem centrado sua campanha nas violações de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB, incluindo sua filha Verônica. Serra e seus aliados creditam ao PT e a Dilma a violação das informações.

O Tribunal Superior Eleitoral arquivou na quinta-feira o pedido do PSDB para cassação da candidatura da petista, alegando que "os fatos narrados pela coligação" fogem da "seara eleitoral". A intenção dos partidos de oposição era que a Justiça Eleitoral investigasse a candidata e o comando de campanha sobre a denúncia de quebra de sigilo fiscal.

Dilma disse ainda que vai manter as atividades de campanha e ao mesmo tempo acompanhar o nascimento do neto Gabriel previsto para os próximos. No sábado, ela participa de ato político ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Guarulhos (SP).