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'Wilson não tem caminhão de dinheiro para comprar voto'

Da Redação - Jardel Arruda

 “Wilson Santos é de fato um homem pobre. Não tem caminhões e mais caminhões de dinheiro para sair comprando voto. O que ele tem é boa vontade e experiência”, bradou o senador Jaime Campos (DEM) chocalhando o braço direito com o dedo em riste enquanto encarava, do alto do palanque, uma multidão de eleitores reunidos no comitê da coligação 'Jonas Pinheiro' em Várzea Grande, próximo a entrada do aeroporto Marechal Cândido Rondon, na noite de sexta-feira (3).

A declaração do senador e principal cabo eleitoral do candidato ao governo do PSDB, Wilson Santos, veio logo após o anúncio da quarta pesquisa do Ibope de intenções de voto para o governo de Mato Grosso, registrada com o número 16012/2010 no Tribunal Regional Eleitoral, na qual o tucano foi ultrapassado por Mauro Mendes (PSB) e o candidato a reeleição, o governador Silval Barbosa (PMDB), seria eleito no primeiro turno com 41% da preferência do eleitorado.

Durante o discurso, ao estilo dos antigos comícios, Jaime reclamou da Justiça Eleitoral que, segundo ele, carece de dispositivos para impedir o abuso do uso da máquina pública nas eleições, além do abuso financeiro. “É preciso uma nova reforma eleitoral. E é preciso acaba com a reeleição, essa covardia da máquina pública contra um homem”, asseverou o líder democrata.

Diante de parte do público que lhe elegeu três vezes prefeito e garantiu grande parte dos votos quando foi eleito governador e depois senador, Jaime Campos fez um apelo público para que todos pedissem voto a Wilson Santo. “O que faço aqui é um apelo. Um apelo no bom sentido. (…) Ligue para a namorada e peça voto. Peça para a família. Para o vendedor da quitanda. Para todos”.

Para convencer os eleitores ali presentes, Jaime recorreu também ao tradicionalismo da baixada Cuiabana. Segundo ele, está região foi esquecida pelo governo Blairo Maggi (PR)/Silval Barbosa. “Não fique cabisbaixo Wilson. Vamos mostrar que o povo é inteligente e que você vai para o segundo turno e vai ganhar”, concluiu.

Além disso, ele defendeu que o próximo governador precisa ser um homem do povo, o qual não vá favorecer determinados segmentos, em uma alusão aos privilégios supostamente recebidos aos produtores rurais ou aos industriários no caso da vitória dos adversários melhores ranqueados nas pesquisas.
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