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Governadores definem metas a serem pactuadas em março

Da Redação/Com Assessoria

Ao final da reunião que durou mais de três horas, nesta quarta-feira (28.01), entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e governadores, algumas medidas foram anunciadas para conter as desigualdades regionais. O resumo das propostas foi apresentado pelo ministro das relações institucionais, José Múcio, o governador do Amapá, Antônio Valdez Góes e pelo governador do Piauí, Wellington Dias.

Entre as medidas a serem pactuadas a partir de março foram citadas o reajuste do Bolsa Família, um programa de alfabetização atrelado a um programa de qualificação, maior participação de enfermeiros que possam atuar nas regiões interioranas no combate à mortalidade infantil, melhora na questão técnica para melhoria dos índices de registro civil e maior inclusão de famílias na agricultura familiar.

Por pertencer à Amazônia Legal, Mato Grosso participou da reunião. Atualmente, o Estado chega à média nacional entre os pontos considerados de forte impacto, no que diz respeito a desigualdade social, avaliados pelo governo federal. De 1991 para 2000, segundo dados do censo demográfico, houve uma redução de 429.174 para 336.397 na taxa de analfabetismo. Além disso, atualmente, o Estado registra uma taxa de mortalidade infantil de 12,5 mortes por mil nascidos vivos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgados no ano passado dão conta de que os Estados das regiões Norte e Nordeste lideram em índices de mortalidade infantil.

Durante a reunião, o governador Blairo Maggi parabenizou algumas atitudes do Governo Federal, no que diz respeito às mudanças na legislação fundiária, mas destacou a necessidade de melhorias. "Eu parabenizo os esforços do governo federal que avançou, mas agora temos que avançar em questões práticas para fazer acontecer".

O governador alertou, por exemplo, quanto à falta de infraestrutura. Segundo Maggi, é necessária a construção de estradas vicinais, sem as quais os assentados não conseguem escoar sua produção. "Em Mato Grosso, por meio de consórcios intermunicipais, conseguimos reduzir o custo da pavimentação".

Quanto a questão da mortalidade infantil, Maggi ressaltou a importância de um incentivo para a fixação de médicos no interior do país. "Em Barra do Garças, por exemplo, existe uma UTI neonatal, mas não tem médicos para atuar".

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