O prefeito de Arenápolis, Farid Tenório Santos, do DEM, após 28 dias no comando do município, confirmou uma dívida de R$ 3,5 milhões deixada por seu antecessor, o ex-prefeito Rogaciano Sampaio, do PP. O débito praticamente deixa o município sem nenhuma capacidade investimento.

"Temos uma receita mensal de apenas R$ 500 mil e jamais pagaremos essa dívida se não apresentarmos um programa de renegociação e contarmos com a compreensão dos nossos principais credores", avaliou Farid, em entrevista concedida há pouco para o Olhar Direto.

Segundo Farid Santos, a maior fatia do débito é com a Rede Cemat, algo em torno de R$ 2 milhões, que deve ser renegociada em caráter de excepcionalidade. A segunda maior fatia é com a Previdência. "Temos uma dívida de R$ 200 mil com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e vamos requerer a prescrição porque o prazo para cobrança já se expirou", esclarece Farid.

Outro débito "de valor elevado" é com a companhia de água, que foi privatizada na década de 90 e passou a cobrar as faturas dos prédios e logradouros públicos. "Neste caso, também pediremos novas condições", acrescenta o prefeito ao observar que, hoje, só os salários são uma prioridade.

"Temos mais de R$ 600 mil em dívidas que também precisam ser renegociadas com os credores diversos porque não podemos paralisar ainda mais a economia municipal, que vem sofrendo muito por causa incapacidade de investimento", pondera.