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Novo relatório confirma graves irregularidades na gestão de Ferreira Leite

Da Redação - Marcos Coutinho

Relatório assinado pelo corregedor geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, confirma gravíssimas denúncias envolvendo magistrados que integravam a cúpula do Poder Judiciário sob comando do desembargador José Ferreira Leite. Entre as denúncias mais graves estão o desvio de recursos na construção do Fórum de Cuiabá, negociação espúria para indicação de membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pagamentos irregulares de precatórios, ligações não convencionais entre membros do Judiciário com deputados estaduais

Outra grave denúncia, divulgada em primeira mão pelo Olhar Direto, no ano passado, é referente à utilização da Cooperativa de Crédito dos Servidores do Poder Legislativo para a realização de pagamentos indevidos e suspeitos a um grupo seleto de magistrados, no período de novembro de 2004 a maio de 2005. Detalhe: os magistrados supostamente beneficiados teriam feito "empréstimos" para  socorrer membros de uma loja maçônica que foram prejudicados com a quebra do Sicoob Pantanal.

O pivô da maior parte dos esquemas, segundo consta do relatório de Perri, é o juiz Marcelo de Souza Barros, acusado, entre outras coisas, de exploração de prestígio decorrente de cargo público para favorecer a banca de advocatícia de seu irmão, Marcos Barros. Marcelo Barros exercia a função de juiz auxiliar da Presidência do TJMT, sob Ferreire Leite. Na segunda acusação, de malversação, superfaturamento e desvio de recursos do TJ na obra do fórum de Cuiabá, além de suposto desvio de materiais, o "responsável-mor também foi o juiz Marcelo Barros".

E é sobre Marcelo Barros que também recai a acusão de ter usado a mesa diretora da Assembléia Legislativa a fim de ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade que iriam beneficiá-lo, assim como a outros magistrados, no sentido de todos concorrerem ao cargo de desembargador. 

Cópias do relatório de Perri foram entregues ao procurador geral de Justiça, Paulo Prado, aos promotores da Curadoria do Patrimônio Público Estadual, ao Tribunal de Contas do Estado para reabertura de procedimentos necessários, ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que começou as primeiras investigações, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que deveria ter julgado ontem o pedido de abertura de prcedimento contra os magistrados do grupo de José Ferreira Leite.


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