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Reis do empate, Palmeiras e Vasco ficam no 0 a 0 em São Paulo

GLOBOESPORTE.COM

O que esperar de um jogo entre dois times considerados os 'reis do empate'? Palmeiras e Vasco não saíram do zero neste domingo à tarde, no Pacaembu. São as equipes que mais igualaram seus marcadores no Brasileirão 2010. Antes do duelo, eram dez empates para o Verdão e nove para o Vasco. Agora, o placar está 11 a dez para os paulistas. O Pacaembu viu uma partida fraca, cheia de erros de passes e de finalizações. Muita correria e nenhuma inspiração.

O Verdão vai a 26 pontos, mais perto da zona de rebaixamento do que do G-4. O Vasco tem 28 e, por enquanto, é o oitavo colocado.

Vasco domina, mas não consegue concluir

O técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, planejou um time mais solto, com três atacantes. Escalou Ewerthon aberto pelo lado direito, Luan bancando o ponta-esquerda, e Kleber centralizando, abrindo espaços, chamando a marcação. Parecia que esse seria o caminho para o Verdão. Sobretudo com Ewerthon caindo às costas de Jumar.

Só que uma mexida simples do vascaíno PC Gusmão acabou com a estratégia de Felipão. O volante Nilton foi transferido para a lateral direita. O Vasco, então, passou a ter uma forte linha de quatro jogadores atrás. Luan, bem vigiado, mal pegava na bola. Quando pegava, tinha dificuldades para dominá-la. Kleber, isolado, passou a voltar demais para armar o jogo. Longe da área, ele não funciona. Ewerthon continuava com espaços, mas a bola não vinha. Isso porque o Verdão não tinha articulação de jogadas: Tinga e Márcio Araújo, que poderiam se revezar na armação, foram bem marcados.

Vasco é melhor no primeiro tempo, Palmeiras se recupera no segundo, mas ninguém balança a rede

Dessa forma, o Vasco tinha o jogo sob controle. No primeiro tempo, teve mais posse de bola (57% a 43%) e finalizou mais (7 a 3). Isso não quer dizer, porém, que a equipe de São Januário foi perigosa. A não ser por uma defesa de Deola em chute de Nunes, aos 11 minutos, o Vasco rondou mais a área verde, sem ser efetivo. Zé Roberto tinha dificuldades com a marcação alviverde. Éder Luis tinha alguma liberdade e se infiltrava pelo meio. Arriscou, mas não acertou o alvo. Faltou um pouco mais de capricho para os vascaínos.

A torcida palmeirense, impaciente, começou a cobrar mais de Felipão. Um torcedor, sentado no setor de cadeiras sociais do Pacaembu, resumiu o sentimento dos alviverdes:

- Felipão, tira o Luan, tira o Rivaldo. Tira todo mundo logo!

Já aos 24 minutos de jogo, vendo que o Vasco era melhor, os palmeirenses começaram a pedir Valdivia, que estava no banco. A cada passe errado do Verdão, o nome do chileno era gritado.

Valdivia entra, mas jogo não muda

Felipão atendeu aos pedidos das arquibancadas. Tirou Luan, que simplesmente não funcionou, e colocou Valdivia. O Palmeiras apresentou ligeira melhora. Os passes começaram a sair. O chileno se aproximava bem de Kleber e Ewerthon, as tabelas passaram a surgir. Aos 7, Ewerthon recebeu de Márcio Araújo, arrancou, passou para Valdivia, recebeu dentro da área e chutou de primeira. A bola passou muito perto da trave direita.

Parecia que o Palmeiras havia despertado. Mais uma vez, porém, PC agiu rápido: tirou Felipe Bastos e colocou Romulo em campo. Reforçou a marcação no meio e separou Valvidia dos atacantes. O Vasco voltou a ter a bola. No entanto, como no primeiro tempo, a equipe da Colina, apesar de rondar a área adversária, não conseguia ameaçar efetivamente o gol No fim, um empate melancólico e justo pelo que os dois times fizeram.

O Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrentará o Grêmio, às 19h30m (horário de Brasília), no estádio Olímpico, em Porto Alegre. O Vasco, na quinta, recebe o Avaí, às 21h, em São Januario, no Rio.
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