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Oposição aciona Ministério Público para investigar Erenice

R7

A oposição deverá entrar na tarde desta terça-feira (14) com um pedido de investigação no Ministério Público Federal sobre a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, ex-braço direito da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

Segundo reportagem publicada nesta semana pela revista Veja, ela estaria envolvida num esquema de lobby no governo. O texto diz que o filho da ministra, Israel Guerra, teria feito tráfico de influência para empresas aéreas interessadas em firmar contratos com os Correios.

Ontem, o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que uma irmã de Erenice teria autorizado a contratação de escritório de advocacia de um irmão delas, sem licitação.

Para a oposição, as informações reveladas até aqui não deixam dúvida "de que todas as condutas criminosas possuem, em sua gênese, estrito vínculo com a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia e posteriormente ministra da Casa Civil".

O documento é assinado pelo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA), pelo vice-líder da sigla no Senado, Alvaro Dias, e pelos deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Raul Jungmann (PPS-PE).

A representação pede ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a "adoção das providências cabíveis a respeito de graves fatos, amplamente divulgados na imprensa nacional".

- Diante de fatos tão graves é necessário que seja investigado e esclarecido se a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, realmente utilizou-se de seu cargo para viabilizar negócios em agências e empresas públicas para beneficiar seu filho, Israel Guerra, ou qualquer outra pessoa.

O grupo oposicionista pediu uma audiência com Gurgel para entregar pessoalmente a representação, mas ainda espera a confirmação do encontro.

Há menos de seis meses no cargo, Erenice foi secretária executiva da Casa Civil quando Dilma era ministra, de junho de 2005 a março deste ano. Antes da Casa Civil, ela ocupou a assessoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, também escalada por Dilma.

Além de negar as acusações, Erenice ontem pediu à Comissão de Ética da Presidência investigação sobre o caso. Ela disponibilizou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico e de familiares para a apuração.

Também nesta segunda-feira (13), o assessor da Casa Civil Vinicius Castro, citado na reportagem como parceiro de Israel, pediu demissão. Negou as acusações e disse ser vítima de um jogo eleitoral.

No domingo, em debate na Rede TV!, Dilma afirmou que não poderia ser julgada pelo que o filho de sua "ex-assessora" poderia ter feito. E cobrou apuração das denúncias
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