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Mínimo de R$ 600 depende de rearrumação geral das contas e corte de gorduras, diz Serra

ABr

Ao desembarcar hoje (15) em Juazeiro do Norte, no Ceará, o candidato à Presidência da República, José Serra, da coligação O Brasil Pode Mais (PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B), reiterou que o valor do salário mínimo, caso eleito, será de R$ 600. Na proposta do Orçamento Geral da União para 2011 a recomendação é de que o valor seja de R$ 538, 15. O salário mínimo em vigência é atualmente de R$ 510.

Serra disse que para elevar o mínimo para R$ 600 basta uma “rearrumação geral” das contas. “[Vou fazer uma] rearrumação geral das contas e corte de gordura”, disse o candidato, antes de integrar uma carreata em homenagem à Nossa Senhora das Dores. “Eu fiz todo um estudo econômico a este respeito. Tenho certeza que dá para implementar o salário mínimo de R$ 600”, completou.

Serra disse que o reajuste do mínimo, em R$ 62, vai assegurar como consequência um aumento de receita, assim como a elevação na arrecadação de impostos. Segundo ele, atualmente há um uso inadequado de recursos que poderiam ser aplicados no reajuste do salário. Há cinco dias, o candidato anunciou o aumento do mínimo no programa eleitoral durante o horário gratuito de televisão.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou em agosto, quando foi encaminhada a proposta do Orçamento, que para calcular o aumento do mínimo, o governo considera o reajuste igual à inflação com o aumento real do Produto Interno Bruto (PIB). O Ministério da Fazenda calcula um aumento do PIB em 7%. Segundo Bernardo, o valor de R$ 538,15 do mínimo foi negociado com as centrais sindicais.

Serra passa o dia hoje em Juazeiro do Norte, a cerca de 500 quilômetros de Fortaleza. A cidade é a segunda mais importante do Ceará e considerada um dos centros de religiosidade da América Latina em decorrência dos milagres atribuídos a Padre Cícero. O comércio formal e informal é que alimenta a economia da região.
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