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Ministra Erenice Guerra pede demissão da Casa Civil

De Brasília - Vinícius Tavares

O secretário executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves, foi nomeado hoje (16) o novo ministro da Casa Civil em substituição a Erenice Guerra, que em nota oficial pediu demissão, segundo ela, em caráter irrevogável. De acordo com o Palácio do Planalto, deve ser nomeado na próxima semana o novo ocupante do cargo.

Erenice pediu demissão depois que denúncias de que seu filho, Israel Guerra, teria teria intermediado contratos de uma empresa de transporte aéreo MTA com os Correios mediante pagamento de propina.

Nesta quinta (16), reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” diz que Israel também pediu uma comissão para obter no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) empréstimo para uma empresa energética. De acordo com a publicação, os donos da companhia se reuniram com Erenice em novembro do ano passado.

A decisão de Erenice de se desligar do cargo tem como principal objetivo evitar desgastar a candidatura de Dilma Roussef, à qual e ministra demissionária era considerada braço-direito e mulher de confiança dentro da cúpula petista.

Se Erenice permanercesse no cargo, a Casa Civil se tornaria um verdadeiro paiol em chamas em plena disputa e poderia provocar mudan ças nos rumos da eleição presidencial, que segue em direção a uma vitória de Dilma em primeiro turno.

Desde que surgiram as denúncias, Erenice tem negado as acusações e pediu, na terça-feira (13), que o Ministério da Justiça e a Controladoria-Geral da União investigassem os contratos firmados com suposta participação de Israel Guerra. No mesmo dia, Lula reuniu ministros do governo para pedir explicações públicas sobre as acusações. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcanti, calssificou as denúncias como gravíssimas e defendeu a saída da ministra da Casa Civil.
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