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''Comércio aberto'' é indispensável para recuperação, diz Mandelson

EFE

 O ministro do Comércio britânico, Peter Mandelson, afirmou hoje em São Paulo que o "comércio aberto é uma condição indispensável" para a recuperação da crise mundial, na véspera da visita ao país do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.

"A crise não colocou em dúvida a importância do comércio aberto e dos investimentos. O comércio aberto é uma condição indispensável para a recuperação, uma saída e o desafio das empresas e Governos", disse Mandelson em uma conferência com empresários na Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Mandelson liderou hoje uma missão empresarial britânica que se reuniu com industriais da maior patronal brasileira um dia antes da visita de Brown.

O primeiro-ministro do Reino Unido se reunirá amanhã em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem discutirá assuntos de interesse geral, como a crise mundial, a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), a mudança climática e a luta contra a pobreza, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Brown viajará amanhã mesmo a São Paulo, onde visitará o Museu do Futebol e dará uma conferência em uma universidade.

Mandelson indicou que, contra a crise, os principais desafios das empresas e Governos são a continuidade para "concretizar maneiras de tornar os negócios mais fáceis, retomar as relações comerciais com o retorno da confiança, e explorar as bases científicas com um grande papel público".

"A crise está afetando todos, alguns mais e outros menos, e por isso devemos melhorar um pouco a sensação de pesar da economia global", ressaltou.

Sobre a cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e principais emergentes), que acontece no dia 2 de abril, em Londres, Mandelson destacou que "o mundo não mudará em um dia, e quem espera isso da reunião vai se decepcionar".

"É um processo que não se resolve em um evento, mas o importante é um acordo sobre os princípios e direções que serão tomados para as reformas do sistema financeiro. Temos que observar o papel do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI)", disse o ministro, que alertou sobre o protecionismo.

"A história nos ensina que (o protecionismo) é um veneno para a economia. Não há como transformar um ganho de curto prazo em uma vantagem de longo prazo. Temos de agir para impedir que o protecionismo faça a economia mundial andar para trás", assegurou.
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