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Consultor diz ter alertado Casa Civil sobre cobrança de propina

G1

O empresário Rubnei Quícoli, que acusa pessoas ligadas à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra de tráfico de influência e cobrança de propina, afirma ter enviado um alerta a servidores da pasta sobre o susposto esquema.

Em um e-mail enviado em 1º de fevereiro, ele reclama da taxa de R$ 240 mil, dividida em seis parcelas de R$ 40 mil, supostamente cobrada pela empresa Capital para viabilizar um empréstimo que ele afirma ser de R$ 9 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele diz ainda esperar que o conteúdo do e-mail chegasse às mãos da então ministra Dilma Rousseff e da secretária Erenice Guerra. "Espero de coração que esse e-mail chegue nas mãos da Dra Erenice e a Ministra Dilma. Se vcs não fizerem chegar, eu faço chegar, não só este como todos que eu enviei em 24 horas", escreve no e-mail enviado às 19h10.

Destinatários
O e-mail foi endereçado a Vinícius Castro, Glaucilene Leitão, Vilma Nascimento do Carmo e Vera Oliveira, servidores lotados na assessoria especial da Casa Civil. A Casa Civil confirmou que os e-mails foram encaminhados para os funcionários, mas disse que a então ministra Erenice Guerra nunca recebeu cópia nem tomou conhecimento dessas mensagens.

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Ministra Erenice Guerra deixa o governo Consultor diz que dinheiro pagaria 'dívidas de Dilma, Erenice e Costa' Entenda o caso da suspeita de tráfico de influência na Casa Civil De acordo com a assessoria Casa Civil, cópias dos e-mails foram enviados para o Ministério da Justiça, a fim de que sejam utilizadas na investigação do caso pela Polícia Federal, solicitada pela ex-ministra.

Segundo informou a assessoria, foi solicitada à área jurídica da Casa Civil uma análise da conduta dos servidores que receberam os e-mails, e, por enquanto, não serão tomadas medidas administrativas contra eles. O G1 busca localizar o ex-assessor Vinícius, mas não obteve contato.

Assessor se demitiu
O assessor Vinícius Castro se desligou do cargo após a primeira denúncia de tráfico de influência, divulgada no fim de semana pela revista Veja. A servidora Glaucilene, de acordo com a troca de e-mails apresentadas por Quícoli, foi a responsável por agendar a reunião dos representantes da EDRB e da KVA com Erenice Guerra, em 10 de novembro.
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