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PE: Campos diz que "destruir biografias" não ajuda a oposição

Terra

O presidente nacional do PSB e candidato ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, criticou nesta sexta-feira (17) a insistência dos tucanos em "bater" na candidata à presidência Dilma Rousseff (PT), utilizando o caso envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. "Essa coisa de fazer campanha tentando agredir pessoas e destruir biografias não tem dado resultado no Brasil. Qual o projeto a oposição apresentou para o País? Está terminando a eleição e a oposição não falou disso. Como eles não falaram do que interessa ao povo, o povo não se interessou pela oposição. A democracia brasileira é muito jovem ainda, mas já está produzindo alguns valores. Por insistir nesse debate (ataques) é que eles (oposição) estão enfrentando dificuldades", disse Campos em entrevista à Rádio Folha, no Recife.

Campos disse que Erenice agiu corretamente ao deixar o cargo, assim como o governo, ao determinar que sejam feitas todas as investigações. O presidente do PSB ressaltou ainda que acusações semelhantes às feitas contra a ex-ministra ocorreram em outras gestões. "Governos que antecederam o do presidente Lula tiveram episódios como este, envolvendo ministros e outras autoridades. É importante que se diga isso."

Questionado sobre a cobrança do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, que pediu na última quinta-feira uma explicação pública de Dilma Rousseff sobre o caso, pois a candidata não "mora em outro mundo", o governador Eduardo Campos foi irônico. "Não vi e não vejo esse tipo de declaração. Dilma deve seguir as orientações da sua coordenação de campanha e não da coordenação de campanha da oposição", argumentou Campos.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) também comentou o pedido de demissão de Erenice. Segundo ele, a saída da ministra é o "primeiro passo", mas disse ser necessária a conclusão das investigações. O parlamentar relembrou o caso envolvendo o assessor de José Dirceu, na época ministro da Casa Civil, Waldomiro Diniz. "Waldomiro pediu demissão não sei quantos anos e continua palitando os dentes. Nunca foi preso. O fato de se afastar não pode se transformar em uma cortina de fumaça. É necessário saber o que houve", afirmou o parlamentar.

Em pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (17), Eduardo Campos manteve a liderança, com 67% das intenções de votos, 47 pontos a mais que o adversário Jarbas Vasconcelos, que obteve 20% de citações. Os demais candidatos ao governo de Pernambuco possuem percentuais abaixo de 1%.
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