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Oposição tem saudade da ditadura, diz presidente do PT

Terra

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, classificou neste sábado as denúncias de corrupção no ministério da Casa Civil como "farsa" e declarou que a oposição sente falta do período da ditadura militar.
"O que a gente vê são alguns falsos democratas", discursou Dutra durante comício em Campinas que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff.

Dilma está à frente nas pesquisas de intenção de voto, com chance de vencer no primeiro turno, seguida por José Serra (PSDB). Ela tem 27 pontos de vantagem sobre o tucano, aponta o Ibope.

"Sabe por que eles acusam o senhor (Lula) de ser um presidente que gosta de governar em cima dos palanques? É porque, na verdade, eles (oposição) têm saudade daquele tempo em que o Brasil tinha presidente que gostava de governar em cima dos tanques"m afirmou, referindo-se aos governos militares (1964-1985).

Dutra disse haver uma "articulação de uma farsa" com as denúncias de corrupção, veiculadas pela imprensa nos últimos dias, com o objetivo de atingir a presidenciável do PT.

"Estão tentando construir uma farsa para impedir o que o povo brasileiro já decidiu. Não adianta farsa, nem armação. Não adianta produzir manchetes contra nós", disse.

Reportagens publicadas na última semana ligaram a sucessora de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra, a um suposto esquema de lobby junto a empresas interessadas em negócios com o governo. O esquema seria comandado por seu filho, Israel.

Pressionada, Erenice, braço-direito de Dilma enquanto a candidata ainda era ministra, pediu demissão do cargo na quinta-feira após denúncias publicadas pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.Paulo.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em Campinas que a denúncia deste fim de semana da revista será investigada.

Reportagem da revista afirma que Vinícius Castro, assessor da Casa Civil exonerado na segunda-feira, teria recebido 200 mil reais em seu gabinete. O dinheiro teria relação com uma compra do medicamento Tamiflu (contra a gripe H1N1) pelo governo.

Segundo o ministro, não existiu uma licitação para aquisição do Tamiflu porque existe apenas um laboratório que produz o remédio.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também rebateu as acusações sobre irregularidades na compra do Tamiflu. Segundo ele, as compras foram realizadas diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários.
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