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'Capadócia' retorna à TV com episódios inspirados em dramas reais

G1

Após um intervalo de dois anos, as presidiárias de “Capadócia” estão de volta. Estreia neste domingo (19), às 21h, a 2ª temporada da produção mexicana da HBO, que apresenta os bastidores de um centro penitenciário feminino criado por uma empresa privada visando interesses humanos e políticos.

Apesar de a série ter como estilo a criação de uma nova história por episódio, as linhas que amarram os 13 capítulos deste ano continuam por meio das três histórias centrais que envolvem os personagens Teresa (Dolores Heredia), Federico (Juan Manuel Bernal) e Lorena (Ana de la Reguera).

Teresa, diretora humanitária de Capadócia, agora espera a liberação de sua filha, enquanto acolhe em sua casa o político, e ex-marido, Santiago (Marco Treviño), paraplégico após o atentado sofrido na 1ª temporada. Já Lorena, na solitária, é atormentada pelo espírito da protagonista Bambi (Cecília Suárez), morta no 1º ano da atração.

A personagem, aliás, agradou tanto ao público que os roteiristas tiveram de criar uma maneira de ela não ser excluída da trama, mesmo após assassinada. “A presença dela era algo tão grande que tomamos a decisão natural de criar um subconsciente coletivo, uma aparição fantasma. Estamos aprendendo aos poucos a atender necessidades: não vamos mais matar personagens que queiramos usar depois na terceira, quarta temporada”, afirmou Rodrigo Rios, produtor da HBO para a Latina América, em evento para a imprensa em São Paulo.

Após matar Bambi, Lorena ganha o respeito das colegas de presídio e, principalmente, a lealdade da sensual Colombiana (Cristina Umaña). Curiosidade: a atriz esteve grávida durante os 157 dias de filmagem do 2º ano. “Os produtores tiveram muita dificuldade de esconder a minha barriga, pois ela é um personagem muito físico e, dessa vez tive, de mostrar mais a sua alma”, diz Cristina.

Prisão cenográfica
O ator Juan Manuel Bernal, que na série faz Federico, o outro diretor de “Capadócia” que usa a mão de obra das detentas como desculpa para fazer negócios, acredita que a nova temporada tem diversos episódios baseados em histórias reais de violência, tráfico de drogas e corrupção que não acontecem apenas no México, mas em toda a América Latina.

“Há um caso sobre imigração que fala exatamente do massacre que aconteceu há algumas semanas na fronteira. Parece que os roteiristas fizeram mágica e antenciparam a realidade. Há outro sobre pedofilia na igreja, algo infelizmente muito comum em meu país”, explicou. “Ouvi na Argentina que ‘Capadócia’ é também um reflexo do sistema penitenciário latino-americano”.

Para os fãs da produção, a 2ª temporada traz uma curiosidade que nem os mais atenciosos conseguirão notar. A prisão subterrânea que serviu de cenário para o primeiro ano foi demolida e a produção teve de recriá-la em um estúdio cinematográfico. Para os atores, a mudança foi mais que bem-vinda.

“Sentíamos-nos antes em um cárcere, não tínhamos nem acesso ao telefone. Estar numa prisão ajudou muito na hora de construir a personagem. Agora, no estúdio, ela já estava impregnada no corpo, só foi preciso atualizá-la. E o presídio era muito frio”, ri Cristina.

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