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Alvaro Dias apresenta requerimento convidando Dilma a depor

Terra

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou, nesta segunda-feira (20), um requerimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado convidando a candidata petista à presidência, Dilma Rousseff, a depor na comissão. Dias quer que Dilma preste esclarecimentos na CCJ sobre denúncias de tráfico de influência na Casa Civil enquanto era ministra.

No requerimento, Alvaro Dias convida Dilma Rousseff na condição de ex-ministra chefe da Casa Civil, e não de candidata à presidência. "Os fatos narrados com base em entrevistas e depoimentos comprovados evidenciam ser pouco crível que decisões de tamanha gravidade, tomadas para respaldar rol de ilícitos cometidos ao longo de anos, o fossem sem o aval do titular da pasta", argumentou no requerimento.

Dilma, no entanto, já recusou a convocação antes mesmo de ser formalizada, afirmando que não aceitaria convite do senador "nem para cafezinho".

O presidente da CCJ, senador Demostenes Torres (DEM-GO), afirmou que não há quórum para convocar uma reunião da comissão antes das eleições e afirmou ser 'impossível' votar o requerimento de Dias antes das eleições. "Não vou fazer presepada. É preciso 12 senadores para abrir uma sessão e nós não conseguimos reunir nesse período porque o governo não vai dar quórum", afirmou. Ministério Público
Alvaro Dias também protocolou, nesta segunda, um documento solicitando a investigação das irregularidades na Casa Civil e as responsabilidades da ex-ministra no caso. O documento é um complemento de outra representação já protocolada no órgão.

Com o pedido, assinado também pelos deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Raul Jungmann (PPS-PE), a oposição quer que seja instaurado um inquérito civil público e a formalização de ação de improbidade administrativa contra os envolvidos.

Denúncias

A ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, sucessora de Dilma Rousseff na pasta, foi exonerada do cargo na última semana após denúncias de que seu filho, marido, irmãos e apadrinhados usavam o nome de Erenice para obter vantagens na Casa Civil.

O suposto esquema seria chefiado pelo filho da ex-ministra, Israel Guerra, dono da Capital Consultoria, que intermediava contratos entre empresas e órgãos do governo mediante pagamento de propina. As denúncias derrubaram dois apadrinhados de Erenice na Casa Civil - um deles, sócio de Israel Guerra - e o diretor de operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva.
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