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Dilma diz não crer que alguém saiba tudo que acontece na própria família

G1

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu nesta segunda (20), em São Gonçalo (RJ), as críticas do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de que ela seria incapaz como dirigente ou "cúmplice" por afirmar não ter conhecimento sobre o suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil.

"Não acredito que alguém saiba tudo o que acontece na sua própria família e também não acredito que alguém saiba tudo o que acontece no governo dele. O presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa), que ele (Serra) nomeou, sumiu com R$ 4 milhões da campanha dele", disse a candidata. O G1 procurou a assessoria da campanha do PSDB para saber se o tucano irá se manifestar a respeito.

Neste domingo, durante atividade de campanha no bairro Paraisópolis, Serra afirmou que Dilma, "como dirigente, não é capaz" ou "é cúmplice. "Não há uma terceira hipótese", afirmou. Segundo ele, se Dilma esteve à frente da Casa Civil e desconhece o suposto esquema, "então ela não tem capacidade de dirigir".

Correios


Em relação ao episódio das denúncias de suposto lobby dentros dos Correios, Dilma disse não ter como opinar. "Não tenho condições de avaliar porque eu não estou dentro do governo para ter acesso a todas as informações", disse.

Rio Grande do Sul


A candidata rebateu reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta segunda-feira (20) que afirma que ela favoreceu a empresa Meta Instituto de Pesquisas durante o período em que foi secretária de governo do Rio Grande do Sul.

"Eu fui julgada em todos os anos pelo TCE, em 1993, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Essa informação não está na matéria. A matéria chega ao ponto de me acusar porque houve um contrato em 94 e depois a empresa fez um contrato em 2009. É a unica acusação de futuro que eu já tive na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque dez anos depois fizeram um contrato com a empresa", disse Dilma.

Segundo ela, a informação de que teive as contas aprovadas é "extremamente relevante". "Eu cheguei na Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, com dois funcionários só. Não se faz uma secretaria com dois funcionários. Nós contratamos por tomada de preços a empresa Meta. Me acusar de que, em 2009, a Secom contratou a Meta é, de fato, um absurdo, uma prova absoluta de má fé. No meu blog eu vou colocar todas as manifestações do Tribunal", declarou.

Nesta segunda, a assessoria de Dilma publicou no site da campanha o que, segundo o site, são as perguntas do jornal e as respostas enviadas pela candidata sobre o assunto.

Ao lado da prefeita de São Gonçalo, Maria Aparecida Panisset, Dilma disse que a cidade precisa de uma parceria com a União, já que a verba da prefeitura não é suficiente para resolver os problemas de saneamento, esgoto e habitação que existe no local. A candidata afirmou que o governo federal investiu cerca de R$ 300 milhões para estes três setores.

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