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Situação no Brasil é melhor que em outros países, diz ministro britânico em SP

G1

O ministro de Estado para Negócios e Empresas da Grã-Bretanha, Peter Mandelson, afirmou que a situação econômica do Brasil não é tão grave quanto em outros países. Em palestra em São Paulo, Mandelson – ex-comissário de comércio da União Europeia – afirmou que “a situação aqui, embora preocupe vocês, não é tão séria como em muitos outros países”.

De acordo com Mandelson, as reformas e a estabilidade econômica deixaram o país em uma posição mais forte para enfrentar a crise. “Quinze anos atrás, uma turbulência financeira global desta escala teria deixado o Brasil com uma crise cambial e uma economia em colapso”.

Mandelson, apesar do otimismo, fez questão de alertar que "esta crise está afetando a todos", em maior ou menor grau. Segundo ele, a turbulência econômica "nos lembrou quantos próximos os países estão uns dos outros. O que começou como um problema no mercado imobiliário da Califórnia, afetou todos os outros países, se espalhou como um vírus dentro do sistema financeiro". 

Ainda de acordo com Mandelson, os governos "não acompanharam o passo da crise". Segundo ele, isso gerou alterações no balanço de poder mundial, dando mais voz ao Brasil e aos países emergentes.

Parceria com a Grã-Bretanha

Mandelson destacou que, embora crescente, o comércio bilateral entre Brasil e Reino Unido ainda está “muito abaixo de seu potencial”. Em 2007, pela primeira vez, o fluxo comercial entre os dois países superou o patamar de 3 bilhões de euros, e, em 2008, chegou a 4,3 bilhões de euros.

Mandelson destacou, no entanto, que “o Brasil ainda é um país muito difícil para se fazer negócios”. Segundo o Banco Mundial, o país está na 125ª posição no ranking dos que mais facilitam negócios.

O ministro inglês, que lidera uma missa comercial de 14 empresas britânicas ao Brasil, defendeu a adoção de medidas que possam incentivar e facilitar a operação de empresas e o comércio entre os dois países. “Este tipo de medidas fizeram uma grande diferença no Reino Unido e também podem fazer uma diferença aqui.”

Esporte

Mandelson também vê potencial nos dois países para fazer negócios na área do esporte, visto que ambos terão eventos de grande porte nos próximos anos. Londres será sede dos jogos Olímpicos em 2012, enquanto o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014. Além disso, o Brasil tem pretensão de ser a sede das Olimpíadas de 2016, enquanto o Reino Unido é candidato a sediar a Copa do Mundo de 2018.

“Falando da renovação dos estádios ou da preparação para os grandes desafios logísticos e de segurança destes eventos, estou certo que o Reino Unido tem muita experiência para oferecer aqui.”

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