Imprimir

Notícias / Variedades

Robert Plant volta com sua Band of Joy

G1

ROBERT PLANT - "BAND OF JOY"


Depois de conquistar cinco prêmios Grammy no ano passado com o álbum "Raising sand" (gravado em parceria com a cantora Alison Krauss), Robert Plant continua trilhando o caminho do blue ‘n’ grass e das raízes da música norte-americana com “Band of Joy”. Apontado pelo próprio Plant como o principal motivo para recusas aos insistentes convites do guitarrista Jimmy Page para uma histórica reunião do Led Zeppelin, o álbum tinha tudo para ganhar a antipatia dos fãs da banda. Mas o que Plant nos oferece neste novo trabalho é música de qualidade.

É claro que a potência e os agudos tão característicos (e um pouco excessivos) de seus tempos de Zep não estão mais lá. Talvez, por isso mesmo, tenha reaprendido a cantar de outra forma, projetando sua voz com elegância entre bandolins, violões, dobros, pedal steel guitars, e acordeons. É como se ele se colocasse à serviço dos instrumentos ao longo das 12 faixas que compõe o disco.

A verdade é que, sem as referências do passado, Plant vai muito bem. “Angel dance”, faixa que abre o disco, convida o ouvinte a dançar ao som de uma percussão marcada por tambores e bumbos. “Central two-o-nine”, única faixa assinada pelo cantor, em parceria com Buddy Miller, é acústica, básica. “Silver rider” é a mais longa dentre as canções — tem mais de seis minutos de duração — e traz guitarras reverberantes, além de um belíssimo dueto com a cantora Patty Griffin, que participa de sete canções. A balada “Money”, novamente com ela, também é um dos destaques.

“Band of joy” pode não ser exatamente a resposta que Page estava esperando, mas é sem dúvida uma ótima justificativa para Plant manter a carreira à margem do célebre legado zeppeliniano. (HENRIQUE PORTO)

B.O.B. - "THE ADVENTURES OF BOBBY RAY"


Rivers Cuomo, Janelle Monáe, Hailey Williams, Bruno Mars, T.I., Rico Barrino... Ao analisar pela lista de participações especiais que aparecem em seu álbum de estreia, não fica difícil entender porque B.o.B é considerado o rapper revelação do ano nos EUA. O cantor de 22 anos é, atualmente, o melhor do hip & hop na hora de construir parcerias pop que fogem da cansativa fórmula de rapper cantando letras sexuais e acompanhado de uma mulher se esgoelando.


“The adventures of Bobby Ray” tem ao todo 13 faixas, sendo oito em dupla. Não que B.o.B se saia mal sozinho, mas é dividindo as vozes com alguém que ele se diferencia da concorrência – apesar de se mostrar, solo, um ótimo cantor que faz mais que disparar palavras (vide “I'll be in the sky”). “Airplanes” e “Nothin on you” podem soar datadas, pois já tocam nas rádios nacionais há meses, mas servem de cartão de visitas para algumas boas surpresas espalhadas pelo álbum.

A confessional “The kids”, de ritmo irresistível, é uma das melhores do disco, assim como a divertida “Magic”, com o vocalista do Weezer mostrando que ainda sabe agitar uma festa. (GUSTAVO MILLER)

BELLE & SEBASTIAN - "BELLE & SEBASTIAN WRITE ABOUT LOVE"


Com seu novo álbum, “Belle & Sebastian write about love”, o grupo escocês dá alguns passos à frente na sua jornada explicitamente retrô iniciada com o single “Legal man”, de 2000. Boa parte da produção do grupo nos últimos álbuns se baseou em referências sessentistas, como girl groups, Burt Bacharach e psicodelia light de câmara.

Com faixas como “Little Lou, Ugly Jack, Prophet”, com participação de Norah Jones, levam o grupo em diração ao rock adulto dos anos 70, de gente como o Fleetwood Mac.

Mas o Belle & Sebastian que ganhou os corações indies na segunda metade dos anos 90 com suas canções singelas também ganha mais espaço no novo disco, em músicas como “The ghost of rockschool” e a acústica “Read the blessed pages”. (AMAURI STAMBOROSKI JR.)


Imprimir