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Primeiras impressões: nova geração da Chevrolet Montana

G1

A General Motors costuma prolongar a vida de seus modelos – a picape S10, o sedã Classic e o hatch Astra, por exemplo, carregam mais de uma década na bagagem – mas escolheu a Montana, que tem sete anos de vida, para ser o segundo integrante da nova família de carros da marca inaugurada com o hatch Agile. A nova Montana foi apresentada neste sábado, em Pernambuco. O G1 andou na versão topo de linha equipada com o motor 1.4 de 102 cv, o mesmo do primo hatch.

A eleição da 'picapinha' é uma estratégia para não perder espaço em um segmento agitado. Liderado pela Fiat Strada, há um ano ganhou a nova Volkswagen Saveiro e, em 2010, a Peugeot Hoggar, que estreou no mercado em maio com o apelo de ter a maior caçamba da categoria.

O primeiro passo da General Motors foi tentar tirar o título da Hoggar de maior caçamba. Conseguiu, apenas em partes . A nova Montana tem 1,64 m de comprimento na caçamba e carrega até 758 kg, 16 kg a mais do que a picape da Peugeot que, por outro lado, leva até 1.151 litros de bagagem (com protetor de caçamba), 51 litros de diferença para o modelo da Chevrolet.

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Outra medida foi oferecer piloto automático e ar-condicionado digital, itens não existentes nos concorrentes. A configuração mais completa, a Sport, traz no pacote, por R$ 40.040, vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbag duplo, piloto automático, luzes de neblina, rodas de 15 polegadas e sistema de som com entrada auxiliar e USB.

Avaliação
Durante a avaliação na estrada que ligava Porto de Galinhas ao o Porto Suape - onde o modelo desembarcará da Argentina para ser distribuído em território nacional - o motor 1.4 apresentou fôlego maior do que no hatch e respondeu bem aos comandos do acelerador e retomadas de velocidade, por causa também da alteração na relação da primeira e quinta marcha do câmbio manual.

No conjunto mecânico foi adotada ainda uma nova suspensão traseira, mais rígida para suportar a carga extra, o que é bom para quem gosta de uma guiada mais esportiva. A direção é leve, mas precisa. Outro ponto positivo é a posição de dirigir elevada, que conta com regulagem de altura do banco do motorista e volante, mais espaço para as pernas e boa visibilidade. A tampa traseira tem um caimento em relação à lateral para não prejudicar a visão do motorista, como acontecia na geração anterior.

Por falar na antiga Montana, dela só restou o degrau para facilitar o acesso na caçamba, item ‘copiado’ pela nova Saveiro e a Hoggar. Já na cabine, bem-vindo ao Agile. O interior é igual, inclusive nos defeitos. Apesar de trazer peças plásticas em formatos mais ousados e detalhes no painel que imitam aço escovado, há rebarbas nas portas e peças mal encaixadas no painel. Visualmente o acabamento interno é bom, no entanto, o uso de materiais mais duros não é muito agradável ao toque.

Desempenho e espaço interno compensam, mas o visual deverá ser o fator decisivo de compra. (Foto: Divulgação)Apesar da ‘economia’ nos detalhes, a nova Montana é muito bem acertada. O visual deverá ser o item que vai decidir a preferência do consumidor. Por ser mais arrojada, com uma linha semelhante à adotada pela Peugeot, o conjunto pode agradar muito ou não empolgar. Quem está bastante animada é a General Motors, que até 2012 promete renovar todo o seu portfólio de produtos e chegar, em 2014, ao topo do ranking das montadoras no país. Uma meta ousada, mas não distante, já que mesmo com uma linha mais ‘ultrapassada’, em relação à Fiat e Volkswagen – que ocupam a primeira e segunda posição -, a marca mantém o terceiro lugar em vendas mercado nacional.
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