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Lesão mantém Cabral longe de carreatas na reta final no RJ

Terra

O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Sérgio Cabral (PMDB) desfalca as principais atividades externas dos candidatos a senador de sua coligação Juntos Pelo Rio, devido a uma lesão no joelho que o impede de fazer carreatas e o obriga a andar com o auxílio de muletas. Nesta segunda-feira (27), Cabral explicou que não tem condições para participar mais ativamente desta reta final de campanha.

"Eu tenho um impedimento médico real. O médico me proibiu e não tenho como fazer uma coisa de que eu gosto muito, que são as carreatas. Não posso ficar no carro, não tenho condições", afirmou.

O candidato do PMDB não pedirá mais votos em agendas de rua para Lindberg Farias (PT) e para seu companheiro de partido Jorge Picciani (PMDB), que tem esta última semana para conquistar uma das duas vagas no Senado. Atualmente, Picciani se encontra em quarto lugar nas pesquisas.

A previsão inicial era de que o governador usasse as muletas por um período de até quatro semanas, de acordo com Luiz Antonio Vieira, seu ortopedista. O quadro teve que ser alterado e o peemedebista completa nesta segunda (27) sua sexta semana tendo que usá-las. Cabral rompeu o menisco, cartilagem do joelho, no dia 16 de agosto, ao saltar de uma van que o levava ao Palácio Laranjeiras. No mesmo dia, foi operado no Hospital Copa D'Or.

No último domingo (26), Sérgio Cabral iniciou um teste de equilíbrio para verificar a possibilidade de andar sem as muletas, mas os avanços ainda não foram suficientes. "Comecei a fazer o teste de equilíbrio e é uma tortura em fisioterapia", disse.

Governador fez campanha para candidatos ao Senado
Com as pesquisas de intenção de voto indicando sua reeleição logo no primeiro turno desde a desistência do ex-governador e candidato a deputado federal Anthony Garotinho (PR), Cabral estava baseando sua campanha em pedidos de votos para Lindberg e Picciani, inicialmente em terceiro e quarto lugares, respectivamente.

Há duas semanas, Lindberg ultrapassou Cesar Maia (DEM), o único candidato da oposição entre os quatro primeiros para o Senado. Agora a disputa é pela liderança com o senador Marcelo Crivella (PRB), que tenta a reeleição com o apoio declarado do presidente Lula.

Antigo aliado de Cabral, a quem sucedeu na presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Picciani continua em quarto lugar. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na última semana, o candidato do PMDB tem 20% das intenções de voto, contra 26% de Cesar Maia e bem abaixo dos 40% de Lindberg e dos 42% de Crivella, sendo considerados os dois votos de cada eleitor.

Encomendada pela Folha de São Paulo e pela TV Globo, a pesquisa do Datafolha ouviu 1270 eleitores, entre 21 e 23 de stembro, em 31 municípios do Estado, após ser registrada no dia 17, sob o número 31368/2010, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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