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MG: "não queremos um governador biônico", provoca Anastasia

Terra

Em campanha na cidade de Patrocínio, na Região do Alto Paranaíba, nesta segunda-feira (27), o governador Antonio Anastasia (PSDB) engrossou o discurso contra as estratégias de campanha do seu principal adversário na disputa ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB). Sem citar nomes, ele mandou recados ao ser questionado sobre eventuais entraves que poderia encontrar, caso seja eleito governador e a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) vença as eleições presidenciais, já que são de campos opostos.

"Vivemos numa democracia federativa. Se não houvesse eleições, aí sim o presidente ia nomear o governador. Não queremos uma ditadura, um governador biônico, nomeado. Queremos governador eleito pelo povo". As farpas, mesmo que veladas, são endereçadas ao adversário da coligação formada entre PMDB e PT e apoiada pelo presidente Lula e por Dilma.

Durante toda a campanha, Hélio Costa reforçou o seu vínculo com Lula - o presidente mais bem avaliado da história do Brasil - e colou seu nome ao Palácio do Planalto. Em várias ocasiões, o ex-governador Aécio Neves, principal cabo eleitoral de Anastasia, atacou o que chamou de "intervenção externa" do governo federal em Minas.

Com as declarações de hoje, Anastasia reforça essa posição da campanha tucana. Ele ainda disse aos jornalistas acreditar que não há danos ou riscos, no caso de partidos antagônicos ocuparem ao mesmo tempo a presidência e o governo do Estado. "Durante oito anos tivemos o governador Aécio e o presidente Lula de partidos distintos. E Minas Gerais foi o Estado que mais cresceu neste período", minimizou.

Sem citar o presidenciável tucano José Serra, disse que terá muito respeito pelo futuro presidente, "sendo do meu partido, ou não sendo".

Ibope
Em Patrocínio, Anastasia comemorou a vantagem de 13 pontos alcançada, segundo pesquisa Ibope divulga nesta segunda, e disse que continuará no mesmo ritmo de trabalho. "Fico muito honrado com as pesquisas. Mas continuamos trabalhando na mesma forma, com humildade, serenidade, pé no chão e confiança no eleitor".
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