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Notícias / Brasil

Polícia investiga deficiente visual por espancamento e morte da irmã na BA

G1

Uma mulher de 55 anos morreu, na manhã desta quinta-feira (30), depois de ter recebido alta do hospital na quarta-feira (29), em Juazeiro (BA). Segundo a polícia, ela estava internada desde o sábado (25), dia em que teria sido espancada pelo irmão, de 58 anos, que é deficiente visual e também tem problemas de audição. A polícia também vai investigar se houve negligência médica, já que a morte ocorreu um dia após a alta hospitalar.

Segundo a delegada da mulher, Michele de Castro Dias, a vítima cuidava da mãe de 90 anos e do irmão, com quem morava. De acordo com Michele, familiares relataram que o homem passou a ficar agressivo depois de ter perdido a visão, e nos últimos dias estaria tendo discussões com a irmã.

“Com base em depoimentos, descobrimos que ele teria agredido a irmã sem motivos. Durante a briga, ele segurou o braço dela e a agrediu bastante no rosto. Quando caiu no chão, ele continuou as agressões com chutes no corpo dela. Os vizinhos chamaram a polícia”, conta a delegada.

Segundo ela, a própria família impediu que os policiais o levassem preso, alegando que era briga de família. A mulher foi encaminhada para o hospital. Na segunda-feira (27), uma das irmãs prestou queixa na delegacia da mulher que solicitou à Justiça a retirada dele da casa da mãe.

Na quarta-feira (29), a vítima teve alta do hospital e foi para a casa da irmã com a mãe. Na manhã desta quinta-feira, ela morreu. A polícia retirou o homem de casa porque vizinhos queriam linchá-lo.

A delegada acredita que a causa da morte da mulher esteja ligada às lesões que ela sofreu com o espancamento, mas afirma que somente o resultado da perícia vai confirmar o que provocou a morte.

O agressor foi encaminhado a um abrigo. “Como não houve flagrante, ele não pode ser preso agora, por estar dentro do prazo dos cinco dias que antecedem as eleições, e nem depois de 48 horas do encerramento do dia da votação. Após isso, ele vai ser encaminhado à Justiça”, diz a delegada.
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