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No Twitter, Plínio pede sugestões para posição do PSOL no 2º turno

G1


Um dia após deixar a disputa presidencial , Plínio de Arruda Sampaio pediu, pelo Twitter, sugestões para o posicionamento do PSOL no segundo turno.

Com 99,99% das urnas apuradas até as 14h53 desta segunda-feira (4), ele teve 886.816 votos, o equivalente a 0,87% dos votos válidos.

No início da tarde, ele pediu colaborações por meio de e-mail e postou que pensa em usar o serviço de microblog para articular a formação de “núcleos socialistas”.

Disse ainda que irá levar “um ou dois dias” para reunir todas as sugestões. “Até agora o resultado da enquete é: nulo 26; Dilma 16 e Serra 11. Mas tem ainda muita água para correr nesses dois dias”, escreveu.

Executiva deve se reunir na próxima semana
O anúncio sobre o posicionamento para o segundo turno não deve ocorrer nesta semana, segundo o secretário de Comunicação do partido, Edson Miagusko. Nesse momento, o PSOL faz consultas a lideranças da legenda e a parlamentares para definir como se posicionará na etapa final das eleições. A ideia é organizar uma reunião da Executiva nacional na próxima semana.

“Estamos fazendo balanço das eleições, onde ganhamos, ouvindo lideranças, nossos diretórios estaduais e buscando ouvir qual é o sentimento do partido em relação à melhor posição para o segundo turno”, disse, sem apontar uma tendência de apoio ou rejeição a Dilma Rousseff (PT) ou a José Serra (PSDB).

Em 2006, quando disputou a eleição presidencial com a então senadora Heloisa Helena, o partido não apoiou nenhuma das candidaturas no segundo turno, que foi disputado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

As eleições de 2006 também geram outra comparação para a legenda. Naquela eleição, Heloisa Helena teve 6,5 milhões de votos, ou 6,5% dos votos válidos. Nesta, a votação do partido não chegou a um milhão.

“Era outro cenário. O PSOL estava nascendo naquele momento, houve um desdobramento da saída da Heloisa Helena do PT, tinha um recall. Hoje, o PSOL ocupou um espaço partidário. Já sabíamos que o desempenho seria menor”, avaliou.

Para Miagusko, o balanço destas eleições é positivo para o PSOL, apesar de duas derrotas: a de Heloisa Helena na disputa pelo Senado por Alagoas e a de Luciana Genro para a reeleição à Câmara dos Deputados pelo Rio Grande do Sul.

“Seria uma derrota se o desempenho presidencial acabasse se refletindo num encolhimento do partido nos estados, na diminuição das nossas bancadas. Mas, ao contrário, se ampliou”, disse. Ele contabiliza a ampliação da bancada no Senado de um para dois senadores e o aumento de três para quatro deputados estaduais. A bancada na Câmara dos Deputados se manteve em três parlamentares, segundo o secretário.


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