Em encontro promovido pela coligação "O Brasil Pode Mais", composta por PSDB, DEM, PPS e PTB, o ex-presidente da República e senador eleito, Itamar Franco, foi o único a proferir críticas em direção à campanha de José Serra. "Me permita dizer, o senhor não precisa tanto dos seus marqueteiros. Seja mais Serra e dê menos atenção aos marqueteiros", afirmou.

Itamar foi bastante aplaudido pelos presentes ao enfatizar que seu partido não precisa esconder seus integrantes. "Não precisamos esconder quem quer que seja do nosso lado. Não temos que esconder ninguém do nosso lado, porque se não eles teriam que esconder muitos do lado deles", disse.

Para Itamar, é preciso "mudar o discurso e corrigir os erros". À mesa, estavam presentes todos os governadores eleitos e não eleitos, senadores e lideranças políticas partidárias. Serra estava acompanhado de seu vice, Índio da Costa, e sua esposa Mônica Allende.

O ex-governador de Minas Gerais, senador eleito Aécio Neves, também fez críticas, só que à estratégia de campanha da petista Dilma Rousseff. Para ele, a campanha adversária fez "uma tentativa perversa de dividir o País entre bons e maus" e se colocou "como se eles fossem os virtuosos".

"Os brasileiros disseram não a essa tentativa, disseram que o Brasil é para todos. Por tudo o que assistimos ao longo de oito anos e, principalmente, na campanha eleitoral, o que está em jogo é a democracia do Brasil e as nossas liberdades".

Para Aécio, no segundo turno, Serra "contará com um exército não apenas de militantes partidários, mas de cidadãos comuns que se assustaram com o que viram nos últimos meses".

Mônica Allende seguiu a linha de Aécio e disse que a "mentira foi muito difícil de enfrentar" durante a campanha e que agora é preciso mostrar que "a verdade vence a mentira".

"Com a vitória, estaremos recuperando não apenas o governo, mas a dignidade da classe política que foi manchada por essa administração. Por isso, conclamo todas as mulheres a fazerem isso pelo Brasil e por todas as famílias brasileiras".