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Ex-funcionários dizem que faculdade teria emitido diplomas falsos no DF

G1

Ex-funcionários da Faculdade da Terra de Brasília denunciam que a instituição emitiu certificados de conclusão de curso para alunos que não frequentaram as aulas. Segundo as denuncias, 600 diplomas teriam sido emitidos de uma vez. O Ministério Público do DF vai investigar o caso.

O diretor-geral da Faculdade da Terra, Osmar Alves Carrijo Júnior, nega a existência do esquema. Ele diz que os documentos apresentados pelo sindicato teriam indícios claros de fraude porque só estão assinados por uma ex-diretora demitida há um mês. O Sindicato do Professores de Entidades de Ensino Particulares do Distrito federal diz que vai pedir investigação da Polícia Federal.

Um diploma atesta que uma mulher concluiu ano passado o curso de matemática na Faculdade da Terra. A colação de grau teria sido em agosto, mas uma das professoras da faculdade afirma que nunca ouviu falar dela e nem de outros alunos que teriam sido diplomados pela FTB.

Até o atual diretor administrativo da faculdade, Antônio Veras de Sousa, recebeu diploma de licenciatura em pedagogia e também teria colado grau em agosto desse ano. Por telefone, ele confirmou o cargo e disse que nunca foi aluno da FTB.
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A denúncia dos certificados supostamente falsos chegou ao Sindicato do Professores de Entidades de Ensino Particulares do Distrito federal por funcionários demitidos - entre eles diretores que se negaram a assinar os documentos. A faculdade tinha quase dois mil estudantes. Hoje, tem 900 alunos.

“Há indícios fortes de falsificação, de má fé. Estamos solicitando aos órgãos competentes que abram investigações, apure", afirma o presidente do sindicato, Rodrigo de Paula.

O diretor-geral da Faculdade da Terra de Brasília, Osmar Alves Carrijo Júnior, explica que os documentos apresentados pelo sindicato são falsos, porque estão assinados apenas por uma ex-diretora. O normal, segundo Osmar, seria ter também a assinatura da Secretaria Geral, como ocorre num outro documento apresentado. Além disso, o diretor nega que Antônio Veras, que teria recebido um diploma, seja funcionário do quadro da instituição.


Ainda segundo Osmar Júnior, a ex-funcionária estaria ameaçando e chantageando os novos donos da faculdade.“ Desde que ela foi mandada embora, ela vem chantageando os novos mantenedores, mandando mensagens, e-mails, inclusive, chegando ao ponto de dizer que ela ia fazer isso que ela fez. A gente já estava sabendo que um dia isso aqui ia sair porque ela estava ameaçando, ela queria dinheiro, queria esse tipo de coisa”, afirma.

A Faculdade da Terra está sob supervisão do Ministério da Educação desde julho, quando sofreu uma ação de despejo por não pagar dois anos de aluguel. Ela está impedida de receber novos alunos e, se as denúncias se confirmarem, ela pode ser fechada.
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