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PV-MG: busca é por um entendimento que ainda não existe

Terra

Enquanto as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) afagam, dia e noite, a senadora Marina Silva (PV), cujos 20 milhões de votos poderão decidir as eleições presidenciais, lideranças do PV se contorcem para evitar um "racha" interno. Presidente da sigla em Minas Gerais, o deputado federal Ronaldo Vasconcelos não esconde o tensionamento entre a sigla e Marina: "Não tem que esconder, há uma dificuldade em chegar num acordo com a Marina. Mas vamos evitar beligerância". O que está em jogo é o apoio do PV e da senadora a um dos dois candidatos à presidência.

O problema, na avaliação do dirigente regional, passa pelos prazos que a senadora pediu para que uma decisão seja tomada. A princípio, seria dia 17 de outubro, mas o PV pressiona para que o anúncio de uma decisão seja antecipado para a próxima quarta-feira (13).

"Ainda não há nada certo. Alguns dirigentes querem antecipar. Talvez aconteça uma reunião no dia 13 apenas para a Executiva nacional do PV". A ideia, se essa proposta vingar, seria dar ao partido a prerrogativa de tomar sua decisão anteriormente a Marina.
Segundo Vasconcelos, se for levada em conta a questão partidária meramente, a sigla optaria por ficar com José Serra. Ele nega, no entanto, que haja pressão sobre Marina para que ela siga este direcionamento. Mas pontua: "Como presidente do PV mineiro digo que sigo a decisão que meu partido tomar". O dirigente acredita que ainda nesta sexta-feira (8) saia alguma decisão sobre as datas dos encontros.

Nesta quinta-feira, enquanto Dilma Rousseff participava de um tumultuado ato de campanha no Mercado Central de Belo Horizonte, o PV mineiro realizava uma reunião para tentar tirar um consenso interno. No entanto, a sigla não deliberou sobre apoios e decidiu aguardar o posicionamento nacional e da senadora.
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