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Estados da UE rejeitam sistema de decisão individual para transgênicos

France Presse

Os ministros do Meio Ambiente da União Europeia (UE) rejeitaram por ampla maioria nesta quinta-feira a proposta da Comissão Europeia de deixar aos Estados a decisão de permitir ou não o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) em seus territórios, o que permitiria desbloquear a situação.

A França se mostrou inflexível com John Dalli, o comissário da Saúde do bloco, responsável pela questão.

"Nos negamos a entrar na discussão enquanto a Comissão não apresentar as propostas que respondam aos pedidos aprovados por unanimidade em 2008", afirmou a secretária de Estado de Ecologia francesa, Chantal Jouanno, durante uma reunião com seus colegas em Luxemburgo.

"Os ministros do Meio Ambiente da UE pediram por unanimidade, em dezembro de 2008, o fortalecimento da avaliação dos OGM, uma análise das consequências socioeconômicas do cultivo e um fortalecimento da Agência Europeia para a Segurança Alimentar, cuja função tem sido questionada. Nada disso foi feito", recordou Jouanno.

O alemão Norbert Rottgen também criticou a proposta de Dalli, que para ele "questiona o mercado interno".

Luxemburgo e Finlândia também rejeitaram a ideia.

Apenas a Holanda se mostrou satisfeita, enquanto os outros Estados se reservaram o direito de anunciar em breve uma decisão definitiva.

Apenas dois transgênicos são cultivados atualmente na UE: o milho 810 do grupo americano Monsanto, que espera a renovação da autorização, e a batata Amflora, do grupo alemão BASF. Outros 15 OGM, em sua maioria sementes de milho, precisam de autorização de cultivo.
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