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Feriados podem causar "fuga" de 11 milhões de eleitores no país

De Brasília - VT

Na eleição presidencial mais disputada e equilibrada da história não poderiam faltar os elementos surpresas, como ocorreu no primeiro turno com o crescimento de Marina Silva (PV) e os escândalos envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e o ex-auxiliar de José Serra, Paulo Preto, acusado de desviar dinheiro do caixa dois do PSDB.

O que pode representar mais uma surpresa nos resultado das urnas é que a proximidade de dois feriados — Dia do Servidor, em 28 de outubro, e Finados, em 2 de novembro — com a data das eleições pode causar uma debandada geral de muitos eleitores.

Esta possibilidade motiva um jogo de xadrez no comando das campanhas. Partidos aliados do PT e do PSDB estimam que o feriadão possa provocar uma fuga de 11 milhões de eleitores no fim de semana decisivo.

Para evitar a abstenção em massa, os governos de São Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Pará aboliram a folga na quinta-feira anterior e na segunda-feira seguinte às eleições.

O mesmo rigor não ocorre no Distrito Federal, onde o governador, Rogério Rosso, aliado de Weslian Roriz (PSC), determinou ponto facultativo na segunda-feira. A medida estimularia os servidores de maior renda — em tese, mais inclinados a eleger Agnelo Queiroz (PT) — a viajar e se ausentar da votação.

No primeiro turno, o índice de abstenção no Brasil foi de 18,2%. O calendário do feriadão ainda está indefinido em 15 estados, entre eles o Rio de Janeiro, segundo maior colégio eleitoral do país. (Com informações do Correio Braziliense).
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