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Em AL, Indio não fala de Collor e se irrita com a imprensa

Terra

O deputado federal Indio da Costa (DEM), vice de José Serra (PSDB) na disputa presidencial, demonstrou irritação em Alagoas ao ser questionado sobre a estratégia dos marqueteiros locais de esconder os tucanos, na televisão. Além de afirmar que não discute estratégias eleitorais, ele também não quis falar sobre as críticas de Serra ao senador Fernando Collor (PTB) dentro de seu celeiro eleitoral.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece no horário eleitoral do governador e candidato à reeleição, Teotonio Vilela Filho (PSDB). No entanto, cardeais do PSDB, como o próprio Serra, Fernando Henrique Cardoso ou Aécio Neves - que venceu com folga as eleições em Minas Gerais - nunca foram citados ou sequer mostrados na TV, através do horário eleitoral.

"Não vou discutir estratégia de marqueteiros", disse irritado. "Estratégia eleitoral se exerce, não se comenta", complementou.

Teotonio não apareceu na coletiva. Após a declaração de Indio, o vice do governador, José Thomáz Nonô (DEM), interrompeu a entrevista para explicar o assunto.

"O governador não usou a mídia oficial para mostrar as realizações do Executivo nestes três anos e meio. Precisamos usar este tempo completamente para explicar estas ações. E esse tipo de estratégia tem sido vantajosa", disse.

Questionado se Collor ou o líder do PMDB no Senado Renan Calheiros seriam aliados ou inimigos em um provável Governo Serra, Indio desconversou: "não me cabe avaliar sobre este assunto".

O vice de Serra chegou a Alagoas às onze da manhã, horário de Brasília. Ao meio dia, fez caminhada no maior shopping do Estado para um corpo a corpo com eleitores. Às 15h30 (horário de Brasília), fez uma coletiva na sede do DEM em Maceió, desmarcou uma viagem a Murici e voltou mais cedo a capital federal.

Na coletiva, prometeu várias vezes que os tucanos manterão o Bolsa Família (aumentarão em mais 15 milhões de pessoas o benefício), criarão o 13º do Bolsa Família e pagarão outra bolsa para incentivar os mais pobres a entrarem em cursos técnicos. "Não será obrigatório", ressaltou entretanto. Para o eventual governo, prometeu ainda abaixar o "imposto do pobre", como chamou o ICMS nas cestas básicas, aumentar o salário mínimo para R$ 600,00 e resolver o problema da dívida pública alagoana, hoje em R$ 7 bilhões. "Este dinheiro será revertido para saúde, educação e segurança", afirmou.

Ele fez críticas à adversária de Serra, Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, defendia o aborto e mudou de opinião e disse que ela "perdeu o respeito da sociedade" por causa dos escândalos na Casa Civil, envolvendo sua ex-assessora, Erenice Guerra.
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