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Magno Malta diz que boatos contaminaram a campanha

Da Assessoria

O senador Magno Malta (PR-ES) esteve em Cuiabá nesta terça-feira (19.10) para falar à comunidade evangélica sobre os motivos para votar em Dilma Rousseff (PT) para presidente do Brasil. Malta disse que está percorrendo o país para tentar desmistificar a onda de boatos que se estabeleceu na campanha presidencial. “Nós estamos em um processo eleitoral para eleger o presidente do Brasil e não um papa ou um pastor. Por isso, o debate tem que ser político, sobre os interesses do país”, argumentou.

Malta se refere ao fato da campanha política para presidente da República ter se tornado uma discussão sobre aborto, homossexualismo e igreja. Segundo ele, inúmeros boatos de que Dilma é a favor do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo foram espalhados com grande rapidez pela internet, contaminando o pensamento de pessoas crédulas, simples, que até ajudaram a disseminar as mentiras. “Umas fizeram por falta de conhecimento e até induzidas por líderes. Outras fizeram por má fé”, apontou.

A 12 dias do segundo turno da eleição, que está marcada para 31 de outubro, o senador Magno Malta frisou que ainda há tempo para mudar a situação, desmentir os boatos e garantir que o eleitor vote consciente, sem influência. Para ele, prova de que o quadro pode se reverter é o resultados das pesquisas, onde Dilma aparece com mais de 50% das intenções de voto.

Governo

“O Brasil que eu quero é o Brasil do Lula, do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do Luz para Todos. O Brasil que eu não quero é o que vendeu nossa riqueza. No Brasil de FHC (Fernando Henrique Cardoso) era proibido fazer escola técnica. Lula entrou, derrubou o decreto, e fez 214 escolas técnicas”, comparou Magno Malta.

Conforme o senador, o governo tucano de FHC não construiu universidades, apesar do presidente ser um intelectual, e fez plano para salvar banco enquanto não havia sequer um programa contundente para os pobres. Malta apontou ainda que o governo passado deixou 40 milhões de miseráveis no país. “Hoje, a massa salarial do Bolsa Família vai para os shoppings, movimenta o comércio. Esse Brasil eu quero.”

Integrantes da CPI do narcotráfico, o senador Magno Malta também lembrou que Fernando Henrique criou a Secretaria Nacional Anti-drogras e a deixou com orçamento de apenas 65 reais. “Agora, faz discurso no mundo inteiro dizendo que o Brasil precisa legalizar as drogas. Covardia de quem não tem coragem de enfrentar de frente um problema grave. Temos 1.110 quilômetros abertos com Paraguai, 700 abertos com a Bolívia e 2,5 mil pistas de pouso clandestinas abertas para o tráfico de drogas. Agora dizem que vão fazer muito mais. Mais o que? A Dilma pode fazer muito mais, porque participou de todo o processo de crescimento implantado pelo governo Lula.”

Polêmicas

O senador Magno Malta voltou a reforçar que Dilma não é a favor do aborto e nem do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele fez questão de esclarecer, inclusive, que o projeto de lei 122, que trata da união civil entre homossexuais, não tem nada a ver com o presidente da República. “Estão dizendo até que o projeto já está aprovado e espera só a eleição de Dilma para sancioná-lo. Não é verdade. O projeto está no Senado, não foi aprovado porque eu criei a Frente da Família, apresentei um substitutivo e garanto que não será aprovado.”
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