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Na TV, Serra compara episódio no Rio com agressão a Covas

Terra

O programa eleitoral do candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, começou na tarde desta quinta-feira (21) com cenas da caminhada em Campo Grande, no Rio de Janeiro, em que, durante um confronto ocorrido entre as militâncias políticas do PSDB e do PT, o tucano foi atingido por um objeto na cabeça. Após exibir a imagem de Serra se defendendo com as mãos na cabeça, o locutor do programa do PSDB fez uma comparação com outro episódio de agressão, desta vez sofrido pelo então governador do Estado de São Paulo, Mário Covas.

"Mário Covas, 2000, Diadema - um dos redutos petistas no País. Enquanto discursava, Covas foi agredido também na cabeça e disse: 'fui cassado para garantir o direito de vocês falarem, não o direito de me dar uma paulada na cabeça'". Por fim, a propaganda anuncia "que o pior e o mais grave é a repetição de um comportamento" e questiona: "é esta a democracia que você quer para o Brasil?".

O programa de Serra voltou a exibir trechos repetidos em que aponta sua biografia e carreira política como um diferencial em comparação a Dilma, defende uma economia forte e ressalta que nas eleições deste ano a verdade, a honestidade e transparência devem prevalecer. "O povo brasileiro está exigindo e vai exigir cada vez mais que os candidatos sejam verdadeiros sem usar disfarces e sem maquiagem", disse o tucano.

Já o programa eleitoral da candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, iniciou-se com uma apresentadora do PSDB em direito de resposta pelas acusações da campanha petista em relação às privatizações supostamente realizadas durante a gestão do tucano. "Vocês podem estar estranhando eu aqui no espaço da Dilma, mas é que o programa da Dilma falou umas mentiras a respeito do Serra e a Justiça deu a punição que é esse direito de resposta para repor a verdade", explicou a apresentadora.

"A campanha da Dilma falou que o Serra privatizou a Companhia Siderúrgica Nacional e mais 31 empresas em São Paulo - isso não é verdade, isso é mentira. O Serra quando foi governador não privatizou nenhuma empresa em São Paulo. Repito. Nenhuma". Por fim, a apresentadora encerra: "se falasse a verdade, a campanha da Dilma evitava ser punida pela Justiça e passar esse 'carão'".

Nos minutos restantes, o programa petista voltou a criticar a postura do presidenciável tucano, que promete dar continuidade em alguns projetos de Luiz Inácio Lula da Silva. "Para ganhar o voto do eleitor, o Serra diz na TV que vai continuar os programas de Lula. Estranho ele dizer isso. Afinal, sempre que ele assume um cargo, Serra interrompe o que estava em andamento", enfatizou a apresentadora.

A petista finalizou seu tempo na televisão com uma mensagem de respeito pela diversidade e comemorou a entrada em vigor nesta quarta-feira do Estatuto da Igualdade Racial.
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