Em virtude da visita de uma equipe da Comunidade Econômica Européia (CEE) em algumas propriedades ERAS (Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov) e frigoríficos existentes em diversos estados do País, a partir do dia 20 de janeiro, a orientação da Famato é para que os pecuaristas mato-grossenses se assegurem que seus livros de rastreabilidade estejam atualizados além de outros registros e históricos permaneçam em dia com a chancela das certificadoras contratadas.

Conforme destaca a coordenadora de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Milene Vidotti, o procedimento é imprescindível porque minimiza as chances de ocorrerem fatores que possam causar impacto negativo na pecuária de corte mato-grossense quando a propriedade for visitada pelos auditores que estarão validando as certificações destas fazendas como aptas a exportarem carne bovina a União Européia.

“Por isso é importante, principalmente neste período, que os pecuaristas mantenham contato com suas respectivas certificadoras para que as mesmas revisem o check list de seu sistema de produção praticado na propriedade de modo que não haja nenhuma desconformidade com as normas estabelecidas”, diz Vidotti.

Entre as certificadoras credenciadas e que estão prestando serviço nas propriedades em Mato Grosso, estão: Biorastro, GR, Planejar, Pantanal, Unimev, Arroba e SBC.

ATÉ 12 DE FEVEREIRO - O tempo de permanência estimado destes técnicos no Brasil será até o dia 12 de fevereiro, período em que farão visitas nos estados declarados como livre da febre aftosa com vacinação e sem vacinação (Santa Catarina é o único estado brasileiro com o status sem vacinação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal - OIE).
Por enquanto, o cronograma da visita dos auditores europeus às propriedades ERAS de Mato Grosso ainda não foi divulgado.

Atualmente em Mato Grosso, o número de propriedades ERAS aprovadas pelo Ministério da Agricultura é de 120 fazendas, que estão na chamada lista ‘Trace’ Entre algumas das regiões com concentrações significativas de rebanhos de corte certificados no estado estão: Alta Floresta, Araputanga, Barra do Bugres, Pedra Preta, Pontes e Lacerda, Poxoréu, Rondonópolis, Tangará da Serra entre outras.

AÇÃO CONJUNTA - “Este é o momento para que todos os elos da pecuária de corte de Mato Grosso (produtores, indústria frigorífica e certificadoras) se sensibilizem e trabalhem simultaneamente de modo a assegurar a conformidade das normas oriundas da União Européia, nos aspectos de defesa sanitária, certificação de propriedades e na parte de saúde pública”, destaca o consultor de pecuária da Famato, Luiz Carlos Meister.
O consultor ressalta que se cada elo da cadeia produtiva fizer a sua parte, a pecuária mato-grossense estará reafirmando o compromisso e a luta de tantos anos até a mais recente e valiosa conquista que foi reabilitar a totalidade do estado de Mato Grosso como livre da febre aftosa com vacinação. “Uma vitória alcançada com muito esforço e que cabe a nós mantermos esta condição”. 

Conforme destaca o superintendente federal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Chico Costa, a pecuária mato-grossense conta com boa integração entre as certificadoras que estão a campo fazendo um competente trabalho em conjunto com outras representações do setor. “Um trabalho sério, honesto e eficiente e que sem dúvida, vai proporcionar grandes resultados para o comércio de exportação da carne bovina brasileira”.