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Paralelas tiram brasileiras do top 10 no individual geral vencido por russa

Globo Esporte

Em 2007, a medalha de bronze conquistada no Mundial de Stuttgart deu a Jade Barbosa a condição de melhor ginasta do país e a credenciou como uma candidata ao pódio olímpico no individual geral. Ficou longe dele nos Jogos de Pequim e viu sua carreira ameaçada por uma grave lesão no punho. Depois de dois anos fora das competições internacionais, ela voltou a um Mundial. Nesta sexta-feira, ficou em 15º lugar no individual geral (55.665) e agora aposta todas as suas fichas na prova do salto, neste sábado - a partir das 9h (de Brasília) com transmissão do SporTV -, na qual obteve a terceira melhor pontuação nas eliminatórias.

Daniele Hypolito também fez um bom retorno ao torneio, terminando a disputa dos quatro aparelhos em 18º (55.266). O título de ginasta mais completa ficou com a russa Aliya Mustafina (61.032). E com sobras.

A sensação de apenas 16 anos mostrou segurança e tranquilidade. Ganhou como recompensa o seu segundo ouro no campeonato e abraços de suas companheiras de equipe. Assim como todo o ginásio, a chinesa Jiang Yuyan (59.998) e a americana Rebecca Bross (58.966) também aplaudiram a jovem estrela. Única das 24 classificadas a conseguir pontuação acima de 15.000 em todos os aparelhos, Mustafina tem tudo para estar no alto do pódio também nas finais do solo, trave, paralelas e salto.

Se a russa segue na briga, Daniele se despede. Aos 26 anos, com experiência internacional de sobra, ela aprendeu a não dispensar os conselhos do irmão caçula. Fora do Mundial por conta de uma cirurgia no pé esquerdo, Diego Hypolito pediu que não ficasse nervosa e tentasse manter a concentração para evitar falhas na trave, seu primeiro aparelho. Deu certo. Ela terminou a primeira rotação em 10º lugar (14.066), enquanto Jade ocupava a 16ª posição após sua apresentação no solo (13.733).

Mas viu Jade tomar a sua frente na rotação seguinte, depois da apresentação no salto (14.866). Se Aliya seguia tranquilamente na ponta, Jade já era a sexta e Daniele se manteve em 10º depois de sua série no solo (14.100). O nome de Jade despencou no quadro de classificação na prova das paralelas assimétricas. Ela passou para o 15º lugar enquanto sua companheira de treinos no Flamengo subiu para nono depois do salto (14.100).

Restava apenas um aparelho para definir a disputa. Daniele optou por uma série simples nas paralelas e acabou conseguindo uma nota baixa (13.000). Jade foi para a trave, mas não conseguiu mudar a sua situação. Nem ela nem as ginastas que tentavam, em vão, superar Mustafina.

- Depois de muito tempo consegui voltar e entrar na final do individual geral. Esse é o começo da volta. Ano que vem tem mais e nas Olimpíadas de Londres vou estar muito melhor - disse Daniele, em entrevista ao SporTV.
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