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Serra pede que seus militantes 'não se intimidem'

G1

O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, pediu, na tarde deste sábado (23), que seus militantes 'não se intimidem e não tratem adversários como inimigos'. O tucano fez uma rápida caminhada em Campinas (SP).

"Do nosso lado não há necessidade de se recomendar nada, exceto que não se intimidem e não tratem adversários como inimigos, porque não são."

Alguns militantes que acompanharam o tucano usavam capacetes de plástico, uma resposta ao episódio da agressão sofrida pelo candidato durante caminhada de campanha no Rio de Janeiro na última quarta-feira (20). Naquele dia, o tucano foi alvejado por uma bolinha de papel e por um outro objeto na cabeça

"É uma questão de segurança, nossos adversários são violentos", ironizava o militante Joaquim Silva, 50.

O próprio Serra fez menção aos capacetes distribuídos pela campanha. "Capacete de plástico não protege tanto", disse o candidato.

O tucano acusou o PT e a campanha da adversária, Dilma Rousseff, de puxar "para baixo" o nível da campanha eleitoral neste segundo turno. "O nível [da campanha] quem puxou para baixo foi o PT e a campanha da Dilma, não nós."Serra ainda disse que "conflito é especialidade do PT".


Alguns militantes que acompanharam a caminhada
de José Serra usaram capacetes amarelos.
(Foto: Thiago Guimarães)"Nós nunca criamos conflitos. Conflito é especialidade do PT. Onde a gente vai em geral eles vão atrás e tratam de criar alguma confusão, às vezes com violência como aconteceu umas cinco ou seis vezes nesta campanha."

O candidato chegou às 15h ao bairro Jardim Aeroporto, na periferia de Campinas, onde permaneceu por 25 minutos. Caminhou por cerca de 50 metros, cercado por repórteres, entrou em uma loja, concedeu entrevista por dez minutos e foi embora. Durante a entrevista, ele falou também que, como governador, sempre defendeu as obras no aeroporto de Viracopos. Ele também falou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"Eu sempre defendi como governador que o aeroporto de Viracopos fosse opção para expansão da atividade aeroportuária em São Paulo. Viracopos pode ter a capacidade aumentada em 20, 30 vezes sem necessidade de construir um novo aeroporto. Basta expandir esse nosso aeroporto, que está muito bem localizado. Na prática o governo [federal] não se mexeu. Eu defendi que se fizesse uma concessão capaz de promover essa expansão."

"O PAC é uma lista de obras, uma sopa de pedras. Isso não significa que as coisas sejam inúteis. O principal problema do PAC não é esse, é que não aconteceu. Não acelerou coisa nenhuma."
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