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Esperidião Amin diz que PP seguirá na oposição ao governo

Terra

O ex-governador de Santa Catarina e deputado federal eleito Esperidião Amin (PP) reafirmou nesta segunda-feira (25) que seu partido continuará na oposição ao governo de Raimundo Colombo (DEM), eleito em primeiro turno nas últimas eleições e que derrotou Angela Amin (PP), mulher de Esperidião. Em entrevista ao Terra TV, Amin afirmou ainda que é a favor de uma reforma política que restrinja o número de partidos no Congresso e que não sairá candidato à Prefeitura em 2012.

"Nós perdemos a eleição e, por isso, temos que cumprir o papel de ajudar o Estado, não no governo, mas na oposição", explicou Espiridião Amin. "Eu sei distinguir bem o que é aderir ao governo e o que é lutar pelo Estado. Aderir ao governo não me atrai. Agora, ajudar ao Estado, colaborar, criticar, contribuir, de todas as formas, com sugestão, proposta, crítica, denúncia ou colaboração, quanto a isso pode contar comigo."

Sobre o apoio do PP ao candidato José Serra (PSDB) em nível nacional, Amin disse que a distância entre seu partido e o PT é grande no Estado e impede alianças.

"É uma questão de afinidade partidária e política. Se tivesse havido daquilo do que é a união da oposição em Santa Catarina o cenário poderia ser outro", disse Amin. "O apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) à candidata Ângela Amin favoreceria o apoio de todos nós igualmente. Seria uma reciprocidade legítima. Agora, o Partido dos Trabalhadores optou por um caminho solo e, por isso, contribuiu para que não houvesse a unidade das oposições em nível estadual."

Eleito deputado federal como segundo mais votado de Santa Catarina, atrás apenas de Mauro Mariani (PMDB), Esperidião Amin garantiu que não será candidato à Prefeitura nas próximas eleições e também declarou ser a favor de uma reforma política que diminua o número de partidos no Congresso, como a cláusula de barreira.

"O Partido Progressista (PP) cresceu nessa campanha. Nosso partido tinha um senador e passa a ter cinco. O PFL (atual DEM) é que está em uma situação exatamente contrária. Tinha 16 e vai passar a ter seis ou sete senadores. O número de deputados nossos, dependendo do julgamento dessa questão da Ficha Limpa, está em 41 e pode chegar a 44, 45 deputados federais, ultrapassando inclusive o PFL (atual DEM), que é um partido consolidado. Eu não sei se seria o caso de o Partido Progressista incorporar ou ser incorporado. Mas estarei a favor da redução do número de partidos pela via da cláusula de barreira em funcionamento no Congresso Nacional. Não temos 30, nem mesmo 20 nem mesmo dez, nem nem seis nem sete correntes programáticas. É abusivo o número de legendas. E no final das contas, elas se convertem em legenda de aluguel", disse Amin.
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