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Câmara cancela gratificação por chefia e ampliação de plano de saúde

G1

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira (13), cancelar a nova gratificação para chefes e funcionários com especialização e a ampliação do plano de saúde para os funcionários comissionados. Os dois gastos haviam sido definidos na semana passada pela própria Mesa Diretora.

A gratificação para os funcionários com especialização ou que já ocuparam postos de chefia geraria gastos mensais de R$ 4 milhões. Segundo nota divulgada pela Mesa Diretora nesta terça-feira, o pagamento do adicional foi cancelado porque entidades e funcionários anunciaram a decisão de ir à Justiça para exigir o pagamento de retroativos até 2007, o que a Câmara se recusa a fazer.

“Entidades e funcionários anunciaram que iriam à Justiça contra a Câmara dos Deputados, o que poderia acarretar mais gastos”, argumenta a nota da Mesa Diretora.

Na questão do plano de saúde, a Câmara anunciou que faria a ampliação do beneficio aos servidores comissionados sem nenhum aumento de sua contrapartida, que seria de R$ 43 milhões neste ano. Caberia ao Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) negociar com empresas privadas para conseguir a ampliação do plano para os 12 mil funcionários comissionados.

A proposta, no entanto, gerou críticas de integrantes do próprio sindicato, que questionavam a possibilidade de os servidores efetivos serem prejudicados com uma redução de cobertura do plano.

A Mesa Diretora afirma que uma nova decisão sobre o plano de saúde “vai ficar na dependência de uma proposta fundada em números por parte do Sindilegis e das consultas que a Câmara já vem fazendo junto a órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União e a Agência Nacional de Saúde”.

O presidente do Sindilegis, Magno Mello, afirmou que as propostas eram boas e não foram bem explicadas. Ele foi recebido na assembleia do sindicato com gritos da maioria dos servidores pedindo a sua renúncia. Apesar de dizer que não deixaria o cargo pela imprensa, Mello sinalizou que irá renunciar. “Eles [os servidores] me colocaram na presidência, então eles têm o poder de me tirar”. Após a entrevista, Mello abandonou a assembleia.

Mais tarde, Mello entrou em contato com os jornalistas e voltou atrás, explicando que não cogita renunciar à presidência do sindicato.
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