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RS: Tarso diz que estratégia serrista foi "desarmada"

Terra

O governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), creditou a recuperação da presidenciável petista Dilma Rousseff nas pesquisas ao que denominou de desarmamento da estratégia serrista. "Toda a estratégia serrista de que havia uma conspiração contra o Serra foi desarmada porque, na verdade, o que existia era uma disputa do Serra com o Aécio. Isso determinou um novo equilíbrio", assinalou, referindo-se ao caso da produção de dossiês que tem como pivô o jornalista Amaury Ribeiro Júnior.

Tarso afirmou ainda que o fato de o prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuar em ascensão também contribui para a recuperação dos índices de Dilma. As considerações foram feitas durante a participação do governador eleito em almoço com empresários na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), nesta quarta-feira (27).

Tarso fez também uma consideração dirigida ao adversário direto de Dilma, o candidato José Serra (PSDB). "Podem fazer perguntas inconvenientes que eu não vou telefonar para os patrões de vocês. Que fique registrado isso", disse, em referência a supostas alegações de que Serra influenciaria demissões em veículos jornalísticos. O petista disse que, depois que assumir, pelo menos uma vez por semana estará à disposição da imprensa para se submeter a "um bombardeio de perguntas".

Durante o almoço, Tarso detalhou os pontos que nortearão a atuação do governo, tanto em termos de relacionamento político, como no que diz respeito a ações propriamente ditas. No caso da relação política, destacou que serão criados novos mecanismos formais de participação popular; que o governo estabelecerá um canal de diálogo e de acesso direto para a oposição, que será "chamada para conversar"; e reiterou a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O Conselho terá entre 55 e 65 integrantes.

A ação efetiva do governo também ficou dividida em três grandes áreas: melhoria da qualidade dos serviços públicos, financiamento do desenvolvimento e integração da sociedade aos processos desenvolvidos. Esta última linha de ação está diretamente ligada à criação de novos mecanismos de participação popular. Tarso anunciou ainda que existirá um observatório sobre o comportamento do governo, em articulação com as universidades.

O governador eleito confirmou ainda que o empresário Mauro Knijnick, que já presidiu a Federasul, integrará seu secretariado. Ele dirigirá a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), que ainda será criada. Knijnik é economista e coordenador do Instituto Ethos no Rio Grande do Sul. Além do empresário, também já está confirmado o escritor Luiz Antônio de Assis Brasil, na pasta da Cultura.
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