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"Não tenho medo de eleição ser anulada", diz 4ª colocada no PA

Terra

Quarta colocada na disputa ao Senado pelo Pará, Marinor Brito (Psol) afirmou nesta quinta-feira (28) não temer que a eleição seja anulada.

No Pará, o candidato mais votado foi Flexa Ribeiro (PSDB), que atingiu 1.817.644 votos. O segundo mais votado foi o peemedebista Jader Barbalho, com 1.799.762 votos, mas sua candidatura foi indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, decisão mantida pelo Supremo Tribunal Federal.

O PMDB deverá defender a realização de uma nova eleição. Caso ela não ocorra, mesmo tendo alcançado menos da metade dos votos de Jader Barbalho, a candidata do Psol deverá tomar posse. Marinor Brito teve 727.583 votos. Ficou atrás também de Paulo Rocha (PT), com 1.733.376 votos, que também teve seu registro de candidatura indeferido.

"Eu não tenho nenhum medo que a eleição seja anulada", diz a quarta colocada, alegando que o Ministério Público Eleitoral não considera os votos dos candidatos com registro indeferido como votos nulos. "É um voto natimorto, que nasceu de uma situação extraordinária de processo judicial".

Contando os votos de Jader Barbalho e Paulo Rocha como nulos, o cenário no Pará é de 57% de votos nulos.

"Cabe ao Tribunal Regional Eleitoral e ao TSE decidir (sobre uma nova eleição), mas eu não acredito que isso vá ocorrer, até porque tem toda uma mobilização da opinião pública pela aplicação da Lei da Ficha Limpa", afirmou.

"Eu sou senadora eleita. Tive quase 800 mil votos, tive toda legitimidade", acrescentou.

Jader Barbalho teve seu registro negado com base na Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao mandato de senador, em 2001, para escapar de uma possível cassação por suposto desvio de dinheiro do Banpará (Banco do Estado do Pará), fraudes na extinta Sudam e venda irregular de títulos da dívida agrária. No Tribunal Regional Eleitoral, o peemedebista teve o registro aprovado, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE e os ministros acataram o recurso.

Paulo Rocha também foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, por ter renunciado ao cargo de deputado federal em 2005 para evitar um possível processo disciplinar. O parlamentar foi acusado de envolvimento no esquema do mensalão
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