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Notícias / Ciência & Saúde

Cientistas alemães dizem ter descoberto gene da generosidade

R7

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Bonn diz ter descoberto o gene da generosidade, após ter feito um estudo com cem pessoas.

Os voluntários foram convidados a realizar uma prova nas quais tinham que memorizar uma série de dígitos e depois repeti-los. Após a prova, cada um dos participantes recebia R$ 11,5 (5 euros) e tinha a possibilidade de doar parte dessa quantidade para um fim benéfico. As doações eram anônimas, mas os pesquisadores sabiam quanto dinheiro havia na caixa, por isso podiam calcular o montante da quantidade doada.

No teste de DNA, os pesquisadores se concentraram no chamado gene COMT, que contém as informações para a geração de uma enzima que desativa determinadas substâncias no cérebro, entre elas a dopamina – neurotransmissor que está intimamente envolvido com bons sentimentos.

Há 15 anos se sabe que existem duas variantes distintas do COMT gene: o COMT val e o COMT met, que estão distribuídos de forma bastante equilibrada na população humana.

Nas pessoas com a variante val, a enzima trabalha de forma quatro vezes mais efetiva, fazendo com que a dopamina seja inativada de forma muito mais rápida. O estudo demonstrou que isso tem efeitos no comportamento, e as pessoas que participaram do experimento e que tinham a variante COMT val doaram o dobro da quantidade doada pelas que tinham a versão met.

Essa é a primeira vez que uma pesquisa empírica mostra a relação entre um fator genético determinado e esse tipo de atitude, apesar de estudos com gêmeos já terem demonstrado que os genes influenciam de alguma forma nesse tipo de comportamento.

O grupo de trabalho de Bonn concentrou sua análise no COMT gene por saber que a dopamina influencia no comportamento social dos seres humanos. Junto de outras substâncias, como a vasopressina, ela tem influência, por exemplo, sobre o comportamento sexual e a disposição para criar vínculos
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