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SP tem 29 estações de tratamento de água, mas lixo e esgoto são desafio

G1

São Paulo tem 29 estações para fazer a limpeza da água que chega às torneiras, um trabalho cada vez mais difícil e caro, por causa da quantidade de sujeira. Da represa Guarapiranga, por exemplo, foram retirados 57 toneladas de lixo apenas neste ano. O governo paulista trata 67% do esgoto coletado para evitar a poluição dos rios e represas.

A partir da próxima terça-feira (16) a TV Globo retoma o projeto do flutuador, que percorreu o Rio Tietê no ano passado medindo o nível de oxigênio de suas águas. Agora, o equipamento vai verificar a situação de represas dos principais sistemas responsáveis por 90% do abastecimento de

água da região metropolitana: além da Guarapiranga, Rio Grande, Cantareira e Alto Tietê. Os trabalhos devem durar dois meses e meio – com mais de 400 km percorridos

“Infelizmente, a população continua jogando muito lixo e depois de cada chuva você constata , ao observar as margens da represa , muito lixo”, diz o gestor do parque Guarapiranga, Marco Antonio Lucena. “

“A água já chega toda poluída, porque vai caindo esgoto in natura e depois encontra com outros rios e cai dentro da represa”, diz o geógrafo Cleber Moreira Lopes.

“Hoje estamos tratando em torno de 67% do esgoto coletado”, diz Dilma Pena, secretária de Saneamento e Energia de São Paulo.

"A gente controla o PH, cor, turbidez, fluoretação, alcalinização e a cloração da água”, explica José Batista Filho, técnico em saneamento básico.

São quatro horas de trabalho até a água estar pronta para o consumo. Para garantir a qualidade, tem ainda uma prova final. Com o paladar e o olfato afiados, os degustadores se reúnem, toda semana, para experimentar a água tratada.

Em cada encontro, eles avaliam a água de dois sistemas de abastecimento. A sala onde eles trabalham precisa ser reservada, silenciosa e ter temperatura entre 20ºC e 25ºC.

O problema maior é que, depois de tanto investimento, 26% da água tratada se perde. A causa são fraudes, ligações clandestinas, hidrômetros antigos e furos na rede, os grandes vilões.

“Essa tubulações, até pela idade, estas estão mais sujeitas a ter um rompimento por fadiga de material. É uma das razões pelo qual nos temos uma quantidade razoável de vazamento nessa região”, explicou Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp.

A companhia montou uma equipe especializada em caçar vazamentos. Entretanto, enquanto uns trabalham para economizar a água, outros não parecem tão preocupados e a desperdiçam lavando calçadas, por exemplo.

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