A gestão Silval Barbosa (PMDB) é acusada de adquirir supostamente medicamentos com preços superfaturados, por meio da secretaria estadual de Saúde. A pasta teria comprado remédios cinco vezes mais caros do que o preço de mercado. Reportagem da TV Cidade Verde, Canal 12, revela que numa única aquisição, realizada durante a campanha eleitoral deste ano, houve diferença de quase R$ 500 mil.

Um remédio cujo preço de mercado seria entre R$ 20 e R$ 25 estaria sendo adquirido por R$ 109, o que estaria facilitando o sobrepreço dos produtos seriam as decisões judiciais que determinam a compra imediata de medicamentos de alto custo para pacientes e a secretaria estaria se valendo dessa urgência compra os medicamentos sem licitação, por meio de compra direta, por preços acima dos praticados no mercado.

Por causa disso, conforme relatos, o Estado não fornece os remédios mesmo com todas as indicações médicas, o que motivaria os pacientes a ingressar com medida judicial. “Espera-se que se tenha competência para que se faça uma carona que seja lógica. Não se pode fazer carona em várias licitações feitas Brasil a fora e escolher o preço mais alto”, criticou o presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Arlan Azevedo Ferreira.

O médico se refere a suspeita de que a secretaria estaria negociando justamente com uma empresa que apresentou os valores mais altos e que ganhou licitação no Hospital Agamenon Magalhães em Pernambuco. Ele avalia ainda que não se pode deixar para comprar os medicamentos somente nos casos de urgência.